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Emagrecimento: especialista explica e alerta sobre semaglutida contra obesidade

Uma das novidades foi o tratamento para a obesidade e sobrepeso aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) na última semana. (Foto: reprodução)

Injeção para emagrecer e medicamentos que anulam a fome que são efetivos para quem quer perder peso; Apesar disso, médico faz dá mais detalhes sobre “novidades”

Emagrecimento de forma rápida e sem grandes esforços é um dos maiores desejos de quem está acima do peso, além de ser um dos assuntos mais buscados na internet. Por isso, e com objetivos como o de impedir que remédios perigosos continuem no mercado, cientistas têm usado a tecnologia a seu favor na inclusão de novas drogas que podem ajudar de verdade na luta contra a obesidade.

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Uma das novidades foi o tratamento para a obesidade e sobrepeso aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) na última semana. A decisão, publicada no Diário Oficial da União, refere-se a semaglutida 2,4 mg (nome comercial de Wegovy), um medicamento injetável de uso semanal. 

Médico intensivista e nutrólogo Dr. José Israel Sanchez Robles fala sobre emagrecimento e novas drogas contra obesidade. (Foto: divulgação)

O médico intensivista e nutrólogo Dr. José Israel Sanchez Robles lembra que a semaglutida era recomendada, no Brasil, para o tratamento do diabetes e era utilizada para obesidade sem indicação na bula. Agora, porém, a droga da farmacêutica Novo Nordisk, foi liberada depois de estudos clínicos com mais de 4.500 pessoas no mundo inteiro.

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“Dentre os principais resultados do estudo podemos ressaltar uma média de 17% de perda de peso corporal dos pacientes que utilizaram o medicamento, em torno de 1 ano e meio. Resultados semelhantes também foram observados em um outro estudo realizado com adolescentes”, explicou José.

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Foram décadas de trabalho para que os pesquisadores pudessem confirmar os sinais de sucesso da nova geração de medicamentos anti-obesidade, que diminui drasticamente o peso sem os sérios efeitos colaterais que atormentavam as pessoas com outras drogas e tratamentos.

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“Este medicamento, juntamente com a expressiva redução de peso já mencionada, também promove melhora do perfil do lipidograma, diminuição dos níveis de glicose circulante, controle da pressão arterial e diminuição da inflamação sistêmica,” completou o médico. 

Além disso, essas drogas estão chegando em uma era em que a obesidade cresce exponencialmente. A obesidade mundial triplicou desde 1975; em 2016, cerca de 40% dos adultos eram considerados com sobrepeso e 13% com obesidade, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Nos Estados Unidos da América, por exemplo, a prevalência de obesidade entre adultos é de 42,4%, ou seja, quase metade da população acima do peso. O pior de tudo é que esse número é 26% menor que em 2008. Para o país, ultrapassar a marca de 40% já é considerado uma evidência da crise de obesidade. 

Além disso, a prevalência de obesidade infantil também está aumentando. Dados mais recentes mostram que mais de 20% dos jovens americanos, com idades entre 2 e 19 anos, têm obesidade. Nos anos 70, esse número era de apenas 5,5%. O levantamento é da “Trust for America’s Health”, em relatório anual sobre a obesidade nos EUA.

Alertas sobre emagrecimento

José Israel alerta, porém, que não se pode depositar todas as esperanças em um medicamento: “Uma alimentação saudável associada à prática regular de atividade física e a um sono restaurador são os pilares para uma vida saudável. O uso de medicamento para perda de peso deve ser indicado após avaliação médica individualizada de cada paciente”.

Outros especialistas também temem que, com essas drogas facilitando cada vez mais o emagrecimento, haja influência e obsessão de sociedades para que todos sejam magros. “O peso em si não é um indicador isolado das condições de saúde de um indivíduo. Estas medicações possuem indicações específicas e possíveis efeitos colaterais, e por isso devem ser utilizadas conforme prescrição e com acompanhamento médico”, diz José Israel.

Categorias: Saúde
Carlos Nathan: