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Nova reitora eleita pela UFG ainda não foi nomeada por Bolsonaro

Na próxima segunda-feira (26), inicia o ano letivo 2021/1. (Foto: Reprodução / Internet)

A eleição para reitoria da Universidade Federal de Goiás (UFG) foi finalizada no dia 9 de junho, com a candidata eleita para exercer a função, professora Sandramara Chaves, da Chapa Viva. A nova reitora contou com 3.629 votos, dos 5.641 válidos, com percentual de 64,3%. O vice-reitor será o Jesiel Freitas Carvalho, professor de física. A nova chapa assume em 2022.

Sandramara é a atual vice-reitora, pedagoga pela UFG e professora da instituição desde 1993. Ela foi pró-reitora de graduação da UFG, entre 2006 e 2014, e presidente do Fórum Brasileiro de Pró-reitores de graduação em 2008. 

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O Pró-reitor Adjunto, Israel Elias Trindade, em entrevista para a Rádio Bandeirantes Goiânia, na manhã desta sexta-feira (24), explica que antes de ser nomeado reitor da universidade, acontecem três momentos que antecede a nomeação. O primeiro é a consulta a universidade, e isso já foi feito, ou seja, é uma consulta a comunidade onde a professora SandraMara Chaves, atual vice-reitora, foi agraciada com a maioria dos votos nessa consulta feita a comunidade.

O segundo momento, é a confirmação pelo Conselho Universitário, e isso também já foi feito. Há uma lista tríplice que é levada ao conselho para ser votado, e foi confirmado o nome da professora Sandramara. Portanto, essa lista é levada ao presidente da República.

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”A nossa expectativa é que seja respeitada essa consulta, e que seja confirmado o nome da professora Sandramara. Essa decisão já foi encaminhada, mas ainda não temos um posicionamento sobre ela. Estamos na expectativa de que seja válido os princípios democráticos e que seja respeitada a escolha e o desejo acadêmico da universidade”, afirma Israel.

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Ainda de acordo com Israel, agora o próximo passo é só aguardar a nomeação pelo presidente Jair Bolsonaro, o que ainda não aconteceu.

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Semestre letivo

A Universidade Federal de Goiás (UFG) decide manter aulas da graduação de forma remota no próximo semestre letivo. O Pró-reitor Israel Elias Trindade, disse que o semestre letivo 2021/1, deve iniciar a partir da próxima segunda-feira (26) dentro dos modelos já planejados em 2020, quando se iniciou a pandemia.

Segundo Israel, a decisão pela continuidade das atividades acadêmicas de forma remota acontece, apesar do avanço da vacinação nas últimas semanas, com a maioria dos profissionais da educação já vacinados com a primeira dose. Ainda de acordo com Israel Elias, a universidade se preocupa também com alunos, principalmente aqueles oriundo de baixa renda e que necessitam do transporte público para se deslocar até a UFG.

”Nós temos um grupo de trabalho que é formado por profissionais da saúde e acadêmicos. Esse grupo reuniu e chegou a conclusão de que no momento não temos segurança científica para tomar decisões mais arrojadas do que já tomamos em 2020. Temos ai uma nova variante Delta, apesar da vacina nos profissionais da educação, foi apenas a primeira dose ainda, e também precisamos ter a imunização garantida aos nossos estudantes. Boa parte dos nossos alunos eu posso garantir que a maioria, eles fazem o uso do transporte coletivo”, afirma Israel Elias.

Ainda de acordo com o pró-reitor, a UFG quando adotou o sistema de cotas, mais da metade dos alunos da universidade, são de baixa renda. ” Então precisamos cuidar destes alunos mais vulneráveis”, destaca.

Israel ainda completa, ”não adianta neste momento a universidade criar protocolo e biossegurança internos como criamos nas disciplinas práticas, mantendo distanciamento, oferecendo EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), orientando a comunidade acadêmica, se o aluno no trânsito de sua casa até a universidade ficar exposto, acabar sendo contaminado e levar a contaminação aos demais colegas da turma”, ressalta.

A universidade seguirá com o mesmo planejamento do ano passado, tendo aulas teóricas de forma remota, aulas práticas algumas também acontecendo de forma remota, e se por ventura o conteúdo necessitar de aula prática, ela poderá acontecer presencialmente com número reduzido de estudantes e cumprindo todos os protocolos de segurança.

Israel também reforça sobre os estágios, segundo ele, as atividades de algumas turmas poderá acontecer remotamente. Mas como o estágio não está sendo desenvolvido na universidade, e sim em órgãos competentes, cabe a universidade avaliar se este órgão está garantindo as condições mínimas para que o estudante possa estagiar.

”Nesse momento precisamos esperar se o cenário melhore. A curva de contaminação, se o número de óbitos caem, se a vacinação se amplie. A partir do momento que isso for ampliando e nós for sentindo segurança científica, não tenho dúvidas que nós vamos avançar com o ensino presencial na universidade”, completa Israel Elias.

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Leonardo Calazenço: