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Não dê comida aos macacos

Filhote agarrado à mãe em parque de Goiânia (Foto Luyz Parahyba)

“Engana-se quem pensa que, ao dar alimentos industrializados aos macacos dos parques de Goiânia, está colaborando com a sobrevivência deles”, diz a bióloga da Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma) Vanessa Carolina de Castro. Segundo ela, “nem frutas pode ser dadas a eles, pois todo alimento que os macacos-pregos, guaribas e saguis precisam está nas matas dos parques em que vivem”: frutas, ovos, pequenos animais e insetos.

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A bióloga entende que essa ação de bondade dos visitantes dos parques para com os macacos é, por um lado, “algo louvável”, porque mostra que eles estão preocupados com a vida dos bichos, mas, por outro lado, não é, haja vista que “os alimentos industrializados oferecidos aos primatas geram a eles doenças, como diabetes, colesterol, herpes, cáries; doenças essas que podem inclusive levar os bichos à morte”.

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A constatação dessas doenças veio de uma coleta de sangue dos primatas dos parques realizada em 2014. Fato que levou a Amma promover algumas campanhas educativas no sentido de alertar os visitantes sobre o perigo de se alimentar os bichos.

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Vanessa conta que, algum tempo atrás, um macaco-prego fêmea do Parque Areião prendeu uma das patas dianteiras na cavidade de uma lata de refrigerante por onde se bebe o produto.

Relata a bióloga que, “desesperada, a fêmea embrenhou-se na mata, quando foi localizada por biólogos da Amma, parte de sua pata já tinha necrosado, fato que exigiu que se fizesse urgentemente amputação de sua mão”.

Quando os macacos são alimentados pelos visitantes, observa a bióloga, “eles deixam de exercer o seu papel ecológico no que diz respeito a dispersar sementes dos frutos que comem pelo parque e não controlam a superpolução de alguns animais que lhes servem de alimento, principalmente os insetos”.

A atitude benéfica para com os macacos, segundo Vanessa, “é os visitantes reconhecerem que os animais nos parques são de vida livre e que a interação a se ter com eles deve ser apenas contemplativa”. (Com texto de Sinézio Dias, da imprensa da Amma Goiânia)

Altair Tavares: