Goiânia • atualizado em 07/02/2022 às 20:04

Tarifas bancárias em Goiânia apresenta variação de até 500%, diz Procon

(Foto: Divulgação).
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Levantamento realizado pelo Procon Goiás mostra que a variação máxima nos preços das tarifas cobradas pelas agências bancárias em Goiânia chega a 500%. A maior variação encontrada foi na tarifa de saque realizada no TAA – Terminal de Auto Atendimento, que variou entre R$ 2,00 e R$ 12,00, ou seja, uma diferença de 500%.

Os valores das tarifas coletadas pelo Procon Goiás referem-se aos preços máximos praticados por cada banco. São valores cobrados quando o consumidor excede a quantidade de eventos disponíveis em seu pacote de serviço contratado ou quando extrapola a quantidade de eventos gratuitos, considerados “serviços essenciais”.

A pesquisa foi realizada entre os dias 26 de janeiro e 7 de fevereiro de 2022, em oito bancos da capital. Foram consultados os valores máximos cobrados nas tarifas de conta-corrente, poupança e de cartão de crédito estipulados na “Tabela Geral de Tarifas – PF”, sendo 28 que incidem sobre a conta-corrente e poupança e outras sete que são cobradas sobre o uso do cartão de crédito.

Em um ano, aumento médio geral foi de 2,50%

Considerando os preços das tarifas praticadas no último levantamento realizado pelo órgão (01/2021), as tarifas bancárias atuais registraram um aumento médio de 2,5%, abaixo da inflação oficial acumulada dos últimos 12 meses, medido pelo IPCA-IBGE, que ficou em 10,06%.

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Algumas tarifas tiveram aumento médio individual que chamou a atenção. É o caso, por exemplo, da tarifa de “saque” realizada nos CB – Correspondentes Bancários, que passou do preço médio de R$ 1,98, em janeiro de 2021, para R$ 2,34 – aumento médio de 18,33%.

O cliente que deixar de utilizar os TAA (Terminais de Auto Atendimento), o conhecido caixa eletrônico, e optar pelo atendimento pessoal (funcionário) pode pagar bem mais caro.

Um exemplo é a tarifa cobrada por um banco para o serviço de transferência entre contas na própria instituição. Enquanto a tarifa cobrada pelo serviço realizado nos TAA custa R$ 1,20, os guichês de atendimento pessoal cobram R$ 6,90, ou seja, aumento de 475%.

“Custo zero” na conta-corrente é possível

A grande maioria dos consumidores não é previamente informada, quando da abertura de uma conta-corrente, que existe uma quantidade de eventos mensal de uma série de serviços considerados “essenciais” – gratuitos ao consumidor – por meio de uma Resolução do Banco Central.

Dependendo da movimentação mensal, os serviços considerados “essenciais”, ou seja, os gratuitos, podem satisfazer a necessidade do consumidor, não fazendo nenhum sentido o pagamento mensal dos chamados “pacotes de serviços”, “tarifa de manutenção de conta” etc.

Informações de interesse do correntista de banco

O valor das tarifas bancárias não é fixado pelo Banco Central do Brasil nem pelo Conselho Monetário Nacional. Os valores são estabelecidos pela própria instituição financeira. As tarifas obedecem a uma padronização, ou seja, mesma nomenclatura em todos os bancos, o que facilita na hora de comparar os valores cobrados entre os bancos.

O reajuste pode ser feito a cada período de 180 dias após a última atualização. No entanto, o consumidor deve ser previamente informado sobre os novos valores até 30 dias antes de sua vigência, em local e formato visível ao público, nas suas dependências e nas páginas da internet.

Os bancos ainda são obrigados a disponibilizar aos clientes, até o final de fevereiro de cada ano, um extrato consolidado informando, mês a mês, todas as tarifas e valores cobrados no ano anterior.

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