Em Goiânia, está mais do que consolidado o rompimento da relação entre PT e PMDB, só falta marcar a data do anúncio do fim da aliança. Este será um dos fatos que marcará o ano de 2016 na capital e, provavelmente, um dos mais importantes pela influência que poderá provocar no processo eleitoral para prefeitura de Goiânia e Câmara Municipal.
As recentes declarações do vice prefeito de Goiânia, Agenor Mariano (PMDB), com contundentes críticas à gestão do prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), poderiam ser entendidas como meramente pessoais, mas não são. O vice é integrante ativo do grupo de Iris Rezende no PMDB e as ideias dele são percebidas como críticas do próprio “cacique” peemedebista.
A última reunião ampliada do diretório do PT goianiense, presidido pelo deputado Luis César Bueno, teve um clima de “adeus” ao PMDB. Aliás, Mariano foi tratado como “menino de recados”, em discurso, pelo deputado Humberto Aidar(PT). O petista é um dos mais ferrenhos defensores do fim da aliança e foi aplaudido animadamente pela plateia que participava da reunião, não foi contestado em nada do que disse com a empostação que lhe é peculiar.
Pessoas próximas a Iris Rezende tem dito que o peemedebista não conversa mais com o prefeito Paulo Garcia. Aquele clima amistoso, amável, companheiro, entre eles, da campanha eleitoral de 2012 não existe mais. Os iristas se sentem traídos e dizem, abertamente, que deram o mandato para Garcia. Agora, querem distância.
As pesquisas de avaliação da administração do atual prefeito têm mostrado que Garcia seria um péssimo cabo eleitoral. Em uma estratégia parecida com a de Marconi Perillo, na sucessão do governador Alcides Rodrigues – em 2010 – quando o então senador organizou uma campanha de oposição àquela gestão que ele ajudou a eleger. Paulo Garcia é negado pelos iristas e querem muita distância do atual prefeito de Goiânia.
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Na contramão do que pensam os iristas do PMDB, o prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela (PMDB) aponta para uma direção oposta, como sempre. Em entrevista à Rádio 730, o prefeito argumentou que o PSDB acumula mais vitórias em Goiás por que agrega partidos e não distancia apoios – em referência ao fato de que o PMDB dispensa o apoio do PT, em Goiânia – nas disputas eleitorais. Aliás, Vilela afirmou que entendeu as dificuldades administrativas de Paulo Garcia e o classificou como “um bom caráter”.
A candidatura de Iris Rezende a prefeito da capital, não confirmada, é a única alternativa política do grupo que apoia o ex-prefeito. Para este grupo, o PT está com imagem destruída e a administração de Paulo Garcia não conseguirá qualquer recuperação. Assim, será um péssimo cabo eleitoral.
Alianças começam e terminam, em eleições ou fora delas. O acordo entre PMDB e PT chegou ao fim com os dados aqui mostrados e deve-se considerar uma longa lista de motivos – principalmente do lado peemedebista. Como resultado, vem aí a candidatura própria do PT a prefeito da capital. No PMDB, Iris Rezende está mais do que consolidado como candidato, principalmente pelos seus apoiadores, bastando apenas a confirmação. E pronto, fim do casamento.
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