A edição semanal da Revista Veja publicada nesta sexta-feira (18/08) revela que o tenente-coronel Mauro Cid vai admitir à Justiça que vendeu joias nos Estados Unidos, além de ter transferido clandestinamente o dinheiro obtido com o negócio para o Brasil, entregando a espécie para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como forma de não deixar rastros. A estratégia foi feita a mando do capitão reformado.
Ele está preso preventivamente há três meses em uma cela do Batalhão de Polícia do Exército, em Brasília. Em silêncio desde a prisão, o faz-tudo de Bolsonaro decidiu confessar o plano. Enquanto estava à frente do Palácio do Planalto, o ex-presidente ganhou inúmeros presentes como canetas, joias, relógios entre outros. Nada estaria errado se não fosse a destinação dos objetivos.
Quando finalizasse o mandato, Bolsonaro teria de direcionar os presentes ao acervo do Palácio. Bolsonaro, no entanto, confiou a Cid negociá-los em busca de alguns milhares de dólares, apontam as investigações em curso na Polícia Federal. Mauro deve confirmar toda a tramóia, aponta a Revista. E a forma como tudo foi feito.
A revista diz que ele promete revelar que não fez sozinho. Atuou em conluio e à mando do próprio ex-presidente da República. A defesa de Bolsonaro deve negar ou alegar que parcela dos presentes não pertenciam ao acervo público, já que eram “personalíssimos”, dessa forma, poderia dar a destinação que bem entendesse. O corpo jurídico também alega que Bolsonaro só ficou sabendo de detalhes das negociações com as investigações em curso da Polícia Federal.
Quem confirmou a confissão de Cid, a Revista Veja, foi o próprio criminalista Cezar Bitencourt que defende o tenente-coronel. De acordo com o advogado, Bolsonaro sabia que parcela significativa dos procedimentos eram irregulares. E insistiu em fazê-lo.
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