Além de ser investigado por tentar cooptar votos, presidente é suspeito de desrespeitar o processo eleitoral
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) continua mirando o presidente Jair Bolsonaro (PL) e, desta vez, o colegiado do órgão irá julgar a ação de investigação eleitoral contra ele e seu vice na campanha eleitoral deste ano, o general Braga Netto. O motivo: supostos ataques às urnas eletrônicas realizadas em encontro com embaixadores em julho.
Quem pediu pela investigação foi o ministro do TSE Benedito Gonçalves e, com isso, serão apuradas as condutas da chapa de Bolsonaro. Além dos ataques às urnas, o presidente também será inquirido por “desrespeitar o processo eleitoral e conceder benefícios de forma ilegal durante a campanha para cooptar votos”.
Apesar de contestar, nenhuma questão preliminar apresentada pela defesa de Bolsonaro foi acatada e os ministros do TSE concordaram com o relator em continuar as investigações. Os advogados da campanha de Bolsonaro, porém, ainda têm prazo de cinco dias para apresentarem nova defesa ao tribunal.
Vale lembrar que, em julho, o presidente usou o Palácio da Alvorada e a estrutura do governo a fim de organizar uma apresentação para embaixadores de vários países e, na ocasião, trouxe suspeitas que já haviam sido desmentidas por órgãos oficiais sobre a segurança das urnas eletrônicas e as eleições de 2018, da qual ele foi, inclusive, eleito.
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No evento, Bolsonaro também atacou os ministros Edson Fachin (presidente do Tribunal Superior Eleitoral), Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e o então adversário Luiz Inácio Lula da Silva (PT), eleito democraticamente em outubro.
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