O Tribunal de Justiça de Goiás negou provimento ao recurso do ex-prefeito de Trindade Jânio Darrot sobre a operação que teve na sua casa e na prefeitura de Trindade. A decisão foi tomada após a defesa de Darrot apelar contra o bloqueio de seus bens e a quebra de seu sigilo.
A investigação que levou à operação foi motivada por suspeitas de fraude em licitação e corrupção vinculadas ao aluguel de equipamentos sob a gestão de Darrot em Trindade. Revela-se que um contrato foi firmado com a Inovar Indústria e Comércio de Confecções Ltda, antes propriedade da família de Darrot, e transferida para um empregado de longa data, Leonardo Santos da Costa, em 2011.
A empresa de Leonardo, após vencer uma licitação, seguiu prestando serviços à prefeitura de Trindade. Originalmente voltada a serviços de confecção para o grupo do ex-prefeito, ela ajustou seu escopo empresarial para abranger mais serviços, o que permitiu sua participação em outras licitações.
A defesa de Jânio Darrot argumentou que a investigação teve origem em uma denúncia anônima recebida dois anos antes do inquérito, e mencionou que o contrato já investigado e arquivado pelo Ministério Público de Trindade é o mesmo em questão.
No entanto, a Justiça decidiu manter o bloqueio de R$ 3,24 milhões dos bens de Darrot e autorizou a quebra de seu sigilo fiscal e bancário. A decisão também permitiu a apreensão de documentos e objetos na casa do ex-prefeito e na prefeitura de Trindade.
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A operação que levou à apreensão foi realizada pela Polícia Civil e teve como objetivo coletar provas sobre as suspeitas de fraude e corrupção. A investigação ainda está em andamento e pode levar a novas revelações sobre a gestão de Darrot em Trindade.
Hoje, o ex-prefeito Jânio Darrot solicitou o desbloqueio de suas contas e a anulação da operação que resultou no bloqueio, mas seu pedido foi negado. Em uma votação unânime, tanto o relator quanto os demais membros do colegiado decidiram manter a operação, considerando-a legal e justificável. Além disso, Jânio tentou incluir um bem em sua solicitação, argumentando que o dinheiro bloqueado se tratava de capital de giro, mas essa proposta também não foi aceita, reforçando a decisão de manter as contas sob restrição.
O caso tem gerado grande repercussão na política trindadense, especialmente devido à candidatura de Marden Júnior, afilhado político de Darrot. A decisão do Tribunal de Justiça de Goiás pode ter impacto significativo na campanha do atual prefeito.
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