O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já se pronunciou após a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o tornou inelegível por oito anos. O ex-presidente disse que levou “uma facada nas costas”. “Há pouco tempo tentaram me matar em Juiz de Fora, levei uma facada na barriga. Hoje levei uma facada nas costas com a inelegibilidade”, afirmou.
Bolsonaro está em Belo Horizonte (MG) e falou à imprensa que acredita ter sido “a primeira condenação por abuso e poder político”. “Um crime sem corrupção”. “Isso é crime? Abuso de poder político? Por defender algo que eu sempre defendi quando parlamentar [o voto impresso]?”, continuou.
Além de comentar a situação, o ex-presidente disse que, com a condenação, é bem possível que não haja um concorrente à altura para Lula ou para o PT em 2026, quando ele ainda estará inelegível, já que ficará assim até 2030.
Apesar disso, Bolsonaro garantiu que “não é o fim da direita no Brasil”. “Antes de mim ela existia, mas não tinha forma […] Não vamos desistir do Brasil”, continuou. Vale lembrar que antes do julgamento, o ex-presidente já havia dito que “o recurso vai para o Supremo Tribunal Federal (STF)” caso o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) formasse maioria para torná-lo inelegível por oito anos.
Sobre sua condenação, o placar final ficou em 5 a 2 pela condenação. Votaram à favor da inelegibilidade a ministra Cármen Lúcia, Floriano de Azevedo Marques, André Ramos Tavares e o relator Benedito Gonçalves.
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Os ministros Raul Araújo e Nunes Marques, porém, abriram a divergência e votaram para julgar improcedente ação contra Bolsonaro por entender que a reunião não teve gravidade suficiente para gerar condenação à inelegibilidade.