A esposa do pastor bolsonarista Átila Melo, preso na manhã desta quinta-feira (29) durante operação das polícias Federal e Civil do Distrito Federal, foi para as redes sociais chorando pela prisão do marido e cobrou ação do presidente Jair Bolsonaro (PL).
”Cadê você, Bolsonaro? Se posiciona Bolsonaro. Seu povo está perecendo, está sendo perseguido, seu povo está sendo preso por lutar pela causa do Brasil. Cadê você, Bolsonaro? Cadê a sua caneta? Agora é a hora de usar sua caneta, Bolsonaro”, suplica a esposa do pastor Átila.
O bolsonarista Átila é um dos suspeitos de participação na tentativa de invasão à sede da Polícia Federal e nos atos de vandalismo em Brasília no último dia 12. Ele foi preso nesta manhã em São Gonçalo (RJ). Além dele, outros dois suspeitos também foram presos: Joel Pires Santana – também pastor evangélico e foi preso em Rondônia, e Klio Damião Hirano – que participava no acampamento do QG do Exército em Brasília, foi preso ainda na noite de quarta-feira (28).
Ainda no vídeo, a esposa de Átila cobra posicionamento do Exército. “Acabaram de prender meu marido por estar lutando pela causa do Brasil, por estar defendendo a bandeira. Cadê o Exército, as Forças Armadas, para soltar meu marido? Cadê a direita para defender a gente?”
Além do Distrito Federal as corporações cumprem as ordens nos seguintes estados: Rondônia; Pará; Mato Grosso; Tocantins; Ceará; São Paulo e Rio de Janeiro.
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Em coletiva de imprensa realizada no edifício-sede da PF, as corporações detalharam que os mandados de prisão e de busca e apreensão foram expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). “A PF cumpriu um mandado de prisão de um cidadão indígena [José Acácio Serene Xavante] no dia 12 de dezembro. Logo após essa prisão, houve uma tentativa de invasão ao prédio da PF. Aparentemente, para tentar o resgate desse preso.
A partir disso, houve uma reação dos policiais para reprimir essa tentativa de invasão e ocorreu o recrudescimento. Os manifestantes começaram atos violentos de depredação tanto de patrimônio público quanto particular”, explicou o diretor-geral da PF, Márcio Nunes de Oliveira.