As eleições na Argentina aconteceram durante este domingo (22) e, com mais de 90% das urnas apuradas, Sergio Massa, candidato do atual presidente, Alberto Fernández, acumulou 36,3% dos votos válidos nas urnas, contra 30,2% do conservador Javier Milei, que aparecia à frente nas pesquisas, mesmo com pouca vantagem. Patricia Bullrich somou apenas 23,8% dos eleitores, está fora da corrida, e Massa disputará com Milei o segundo turno que, neste ano, está previsto para o dia 19 de novembro.
Vale lembrar que, diferentemente do Brasil, um candidato não precisa conquistar mais de 50% dos votos válidos para se eleger no primeiro turno, mas mais de 45% ou mais de 40% com diferença superior a 10% do segundo colocado. Se isso não acontecer, o segundo turno é realizado. Após isso, as autoridades eleitas tomarão posse dos seus respectivos mandatos no dia 10 de dezembro e, não no ano seguinte, como no Brasil.
Sobre as eleições deste domingo, como citado anteriormente, a expectativa era de que Milei ficasse a frente. O segundo turno, porém, era previsto, fosse com Massa ou com Patricia. Massa, porém, ficou a frente de todos, mesmo fazendo parte de um governo reprovado por 8 em cada 10 argentinos. A justificativa é de que ele é considerado viável por não ser um peronista tradicional, além de estar liderando a renegociação da dívida bilionária que o país tem com o FMI (Fundo Monetário Internacional).
Além disso, Milei havia sido o candidato mais votado nas primárias de agosto e tem como promessas centrais dolarizar a economia argentina, acabar com o Banco Central e diminuir drasticamente os gastos do Estado num país habituado há mais de 20 anos com subsídios.
Apesar de todas essas surpresas e previsões frustradas, os eleitores argentinos que, além de votar para presidente, também escolheram parte dos representantes das Câmaras de Deputados e dos Senadores, a informação foi de que 74% dos eleitores do país registraram seus votos. Isso foi a menor participação desde 2007 que, com 76,2% e quando a ex-presidente Cristina Kirchner venceu pela 1ª vez.
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As eleições na Argentina, para a escolha de presidente senadores e deputados, são como no Brasil, realizadas a cada quatro anos. A diferença é que a Câmara elege a cada dois anos metade dos deputados (130 ou 127, alternadamente a cada eleição, de 257 cadeiras) para mandatos de quatro anos. Já os senadores têm mandatos de 6 anos. Cada eleição legislativa escolhe 1/3 da Casa Alta, que tem 72 assentos. O país tem, atualmente, 35,8 milhões de eleitores, sendo que 449 mil moram no exterior. A população total é de 46,2 milhões.
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