A Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) deflagrou nesta semana operação para conter e punir as ações de desmatamento registradas no território kalunga, comunidade quilombola do estado.
A pasta foi informada dos danos na terça-feira (2) e, por monitoramento via satélite, confirmou a denúncia. O território Kalunga, embora esteja ligado à gestão do governo federal, tem atuação também estadual no que diz respeito a proteção do meio ambiente.
O desmatamento de quase mil hectares foi identificado em propriedades que ainda não foram desapropriadas, mas que estão dentro do território quilombola, e parte na Área de Proteção Ambiental (APA) de Pouso Alto, sob gestão estadual.
“Infelizmente, na Semana do Meio Ambiente, nós temos que fazer uma ação de fiscalização tão dura na região mais preservada do Cerrado brasileiro, onde nascem as águas dos principais rios brasileiros”, afirma a secretária Andréa Vulcanis, que se deslocou nesta quinta-feira (4) até Cavalcante para acompanhar a operação.
Equipes de fiscalização da Semad, com apoio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema), foram enviadas de imediato para verificar o caso. Os grupos coletarão dados para produzir autos de infração.
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A secretária Andréa Vulcanis afirma que os desmatadores se aproveitam do período da pandemia, acreditando na não presença do estado, bem como das particularidades da vegetação para agir clandestinamente. “São vegetações nativas mais ralas e baixas, cujo desmatamento requer um alto nível de monitoramento pelos satélites e que não são detectados com facilidade. Por isso, as denúncias são essenciais, para que as equipes possam se deslocar até os locais”, conclui.
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