Manchete • atualizado em 04/08/2021 às 12:49

Variante delta ameaça resultados da vacinação contra a Covid-19, alerta OMS

A OMS já comunicou que a variante delta será dominante no Brasil dentro de algumas semanas. (Foto: Reprodução)
A OMS já comunicou que a variante delta será dominante no Brasil dentro de algumas semanas. (Foto: Reprodução)

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que a variante delta avança praticamente em todo mundo e, portanto, a pandemia esta longe do fim. A entidade reafirma que é necessário muita atenção da população não confiar nessa falsa sensação de segurança que vem tomando países como o Brasil, onde as medidas de prevenção e segurança vem ficando desleixado.

Identificada pela primeira vez na Índia, a variante delta é até 70% mais contagiosa, com maior poder de infecção do que doenças como o ebola e H1N1. Ainda segundo a OMS As alterações da nova cepa também derrubam a eficácia de vacinas, especialmente quando encontra um organismo que tenha recebido apenas a primeira das duas doses.

A OMS já comunicou que a variante delta será dominante no Brasil dentro de algumas semanas. Por enquanto, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul já identificaram transmissão comunitária do vírus. Ou seja, é uma questão de tempo. Hoje, predomina no Brasil a variante gamma, identificada pela primeira vez em Manaus.

Com o avanço da variante delta, espera-se o aumento de casos. ”Se o número de casos aumenta, também aumenta a proporção daqueles que podem ser graves ou exigir internação hospitalar”, afirma o assessor regional em Enfermidades Virais da Organização Pan-americana de Saúde (Opas) e da OMS, Jairo Mendez Rico.

Aumento de casos

Nas últimas quatro semanas, a variante delta cresceu em 80% em número global. A maior parte do mundo observa o aumento brusco de infecções, particularmente regiões com baixo índice de vacinação, como Ásia e África. Na África, por exemplo, apenas 1,5% da população está vacinada. Na Europa, mesmo com recente e expressivo aumento de casos, as mortes não seguem no mesmo ritmo. Isso, porque a imunização completa no continente beira os 50%, comprovando a eficácia dos imunizantes.

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Além das mortes, o que vem preocupando também é o possível esgotamento dos sistemas de saúde por todo mundo. Com maior quantidade de pessoas em busca de atendimento, os hospitais sentem a pressão e outras enfermidades com tratamento deixam de ter a atenção necessária. Esse efeito rebote aumenta a mortalidade de outras doenças.

Na última segunda-feira (2), o Brasil registrou oficialmente mais 389 mortes por Covid-19 em um período de apenas 24 horas,  segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde, o Conass. Com esse acréscimo, o país chega a 557.223 óbitos causados pela Covid-19. Em relação aos novos casos, foram 15.142, totalizando 19.953.501 desde o início da pandemia, em março de 2020. Os números são baixos para os padrões do surto no Brasil.


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