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TSE suspende sessão de julgamento que pode deixar Bolsonaro inelegível; veja placar

Bolsonaro inelegível

A sessão será retomada nesta sexta-feira (30). Faltam os votos de 3 ministros para a conclusão do julgamento. (Foto: reprdução)

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retomou, na manhã desta quinta-feira (29), o julgamento que pode deixar o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível por oito anos. Esta terceira sessão, que continua a julgar a conduta de Bolsonaro durante reunião realizada com embaixadores, em julho do ano passado, no Palácio da Alvorada, para atacar o sistema eletrônico de votação, teve legalidade do encontro questionada pelo PDT. Assista abaixo.

A sessão, que durou quase quatro horas, terminou, até o momento, com três votos para a inelegibilidade do ex-presidente. Os ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Floriano de Azevedo Marques e André Ramos Tavares seguiram o relator Benedito Gonçalves e votaram por deixar Bolsonaro inelegível por 8 anos.

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O ministro Raul Araújo, porém, abriu a divergência e votou para julgar improcedente ação contra Bolsonaro por entender que a reunião não teve gravidade suficiente para gerar condenação à inelegibilidade.

Faltam votar outros 3 integrantes do tribunal: Cármen Lúcia, Kassio Nunes Marques e Alexandre de Moraes. A sessão do TSE foi interrompida e será retomada nesta sexta-feira (30), a partir das 12h. Caso condenado, o ex-presidente estará apto a se candidatar novamente em 2030, aos 75 anos, ficando afastado portanto de três eleições até lá, uma delas a nacional de 2026.

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Além disso, caso algum ministro faça pedido de vista para suspender a sessão, o prazo de devolução do processo para julgamento é de 30 dias, renovável por mais 30. Com o recesso de julho nos tribunais superiores, o prazo subirá para 90 dias.

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O que diz a defesa

Na última quinta-feira (22),  primeiro dia de julgamento, a defesa de Bolsonaro alegou que a reunião não teve viés eleitoral e foi feita como “contraponto institucional” para sugerir mudanças no sistema eleitoral.

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De acordo com o advogado Tarcísio Vieira de Carvalho, a reunião ocorreu antes do período eleitoral, em 18 de julho, quando Bolsonaro não era candidato oficial às eleições de 2022. Dessa forma, segundo o defensor, caberia apenas multa como punição, e não a decretação da inelegibilidade.

Braga Netto

O TSE já formou maioria de quatro votos pela absolvição de Braga Netto, candidato à vice-presidente na chapa de Bolsonaro nas eleições de 2022. Todos os ministros que já se manifestaram entenderam que ele não teve relação com a reunião. O nome dele foi incluído no processo pelo PDT. 

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Categorias: Justiça e Direito
Carlos Nathan: