Após especulações, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro trocou o advogado no caso das joias e Daniel Bialski confirmou, nesta terça-feira (22), que deixará a defesa da investigada. De acordo com o que foi divulgado, a saída é “de comum acordo”.
“Informo que de comum acordo com os interesses da ex-primeira dama, Michelle Bolsonaro, deixarei de patrocinar sua defesa [..], justamente porque os advogados que atualmente representam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) poderão e a representarão habilmente, daqui por diante, neste caso”, diz a nota.
O novo advogado da ex-primeira-dama é Paulo da Cunha Bueno, que atua na advocacia criminal especializada. Desde março Cunha também defende o próprio ex-presidente, Jair Bolsonaro. Inclusive foi ele quem divulgou que os conjuntos de joias recebidos como presente da Arábia Saudita seriam devolvidos ao Tribunal de Contas da União (TCU).
Sobre a suspeita do envolvimento de Michelle Bolsonaro, conversas interceptadas pela Polícia Federal entre o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e outros ex-assessores de Bolsonaro, a ex-primeira-dama é citada por um presente que teria “sumido”. Os indícios são de que há crime de peculato por parte dela e de Bolsonaro. A ex-primeira-dama deverá, ainda, ser intimada pela PF a prestar depoimento sobre a suposta tentativa de venda e/ou apropriação das tais joias e outros presentes recebidos pelo marido.