O poder Executivo goiano deverá conceder aos servidores estaduais data-base de 3,71% referente ao ano de 2024. O valor corresponde ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 2023.
O projeto deve ser encaminhado à Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), para apreciação do Plenário, até o fim de abril, e a previsão é para que o pagamento ocorra a partir do mês de maio.
De acordo com a Secretaria de Administração, o impacto será de R$ 482 milhões. Em entrevista ao jornal O Popular, o secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima afirma que, por estar no Regime de Recuperação Fiscal (RRF), o Estado só pode conceder revisão geral no nível do INPC do ano anterior.
“Se estivéssemos oferecendo 2%, teria negociação para chegar em 3,71%, mas estamos oferecendo o teto. Não temos como pagar mais que isso”, disse.
O Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público do Estado de Goiás (Sindipúblico Goiás) enfatiza, entretanto, que as revisões de salário não concedidas durante a gestão do governador Ronaldo Caiado (UB) acumulam o percentual de 13,95%.
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A entidade destacou o pagamento da data-base em 2022 e 2023, nos respectivos índices de 10,16% e 5,93%, com a ressalva de que as gestões anteriores também deixaram de pagar a recomposição inflacionária. Conforme dados do Sindipúblico, entre 2007 e 2021, os índices acumularam em 75,63%.
A expectativa do sindicato é para um novo encontro, na presente semana, para discussão a respeito dos valores.