Investigação • atualizado em 12/06/2024 às 15:07

Operação da PF cumpre mandados contra desvios nos fundos partidários das eleições em 2022

Operação cumpre sete mandados de prisão preventiva e 45 mandados de busca e apreensão em Goiás, São Paulo, Paraná e DF e até o momento 6 pessoas foram presas
Policiais federais cumprem sete mandados de prisão e 45 de busca e apreensão em GO, SP e no DF. (Foto: Divulgação/PF).
Policiais federais cumprem sete mandados de prisão e 45 de busca e apreensão em GO, SP e no DF. (Foto: Divulgação/PF).

Na manhã desta quarta-feira (12), a Polícia Federal deflagrou a Operação Fundo do Poço, para desarticular organização criminosa responsável por desviar e se apropriar de recursos do fundo partidário e eleitoral nas eleições de 2022 do partido PROS – que foi incorporado pelo Solidariedade em 2023.

Segundo a polícia, estão sendo cumpridos sete mandados de prisão preventiva e 45 mandados de busca e apreensão em Goiás, São Paulo, Paraná e DF e até o momento 6 pessoas foram presas. Entre os investigados está Eurípedes Gomes Júnior, atual presidente nacional do Solidariedade.

Em nota, o partido declarou que os fatos ocorreram antes do que chamou de “união” do PROS com a legenda. “Esses são fatos ocorridos antes da união do PROS com o Solidariedade, estamos tomando pé da situação e ainda não temos uma posição sobre os fatos”, disse o partido por meio de comunicado.

Investigações da polícia

Durante as investigações, foram localizados indícios que apontam para a existência de uma organização criminosa estruturalmente ordenada visando desviar e se apropriar de recursos do Fundo Partidário e Eleitoral. Para isso, o grupo se utilizava de candidaturas laranjas ao redor do país, de superfaturamento de serviços de consultoria jurídica e desvio de recursos partidários destinados à Fundação de Ordem Social (FOS) – fundação do partido.

Os atos de lavagem foram identificados por meio da constituição de empresas de fachada, aquisição de imóveis por meio de interpostas pessoas, superfaturamento de serviços prestados aos candidatos laranjas e ao partido. Os suspeitos estão investigados pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, furto qualificado, apropriação indébita, falsidade ideológica eleitoral e apropriação de recursos destinados ao financiamento eleitoral.

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Além de Eurípedes Gomes Júnior, também estão sendo investigados Cintia Lourenço da Silva, primeira tesoureira do Solidariedade, presa na operação; Alessandro, o Sandro do PROS, que foi candidato a deputado federal, que também foi preso e Berinaldo da Ponte, ex-deputado distrital.


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Elysia Cardoso

Elysia Cardoso é jornalista

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