Debate • atualizado em 18/12/2024 às 09:19

Em Brasília, Caiado defende que Brasil adote medidas semelhantes às implementadas em Goiás

Em Brasília, Caiado defende que Brasil adote medidas semelhantes às implementadas em Goiás
Em Brasília, Caiado defende que Brasil adote medidas semelhantes às implementadas em Goiás

O governador Ronaldo Caiado defendeu o respeito ao meio ambiente, a utilização de energias renováveis, a redução de gastos da máquina pública e o apoio à educação e a ciência e tecnologia como formas de induzir o desenvolvimento econômico do país. Caiado foi um dos convidados do Seminário CB Debates Desafios 2025: o futuro do Brasil em pauta, promovido pela Arena Comunicação e pelo Jornal Correio Braziliense, que aconteceu, em Brasília, nesta terça-feira (17/12).

Caiado apresentou um gráfico com a participação do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no PIB Mundial. O índice brasileiro apresenta queda desde 1980, quando era de 4%, sendo atualmente de 2,4%. Diante desse cenário, o governador de Goiás defendeu que o Brasil adote medidas semelhantes às implementadas em Goiás, como a redução do gasto público, reformas administrativas e previdenciárias, bem como o Compliance para combater a corrupção.

“Temos a melhor safra de governadores, que cumpre as regras e, de forma prática, fez a tarefa de casa, implementando reformas importantes. Assim, você promove investimento e a atividade econômica vem para o seu estado, gerando emprego e desenvolvimento”, explicou.

Caiado também defendeu o crescimento tecnológico do país para inverter a curva de declínio do PIB. “Precisamos apoiar a educação, não com discurso, mas com resultado. Ciência e tecnologia têm que ser prioridade”, afirmou. Ao comentar sobre energia renovável, o governador disse que o Brasil tem a fonte que é descarbonizada: etanol, bioetanol e etanol de segunda geração (presente em São Paulo e Goiás).

Sobre o respeito ao meio ambiente, o gestor goiano reforçou o avanço no combate ao desmatamento ilegal. “Fizemos um acordo com entidades de classe, que já é conhecido pelo Ministério do Meio Ambiente. Somos o único Estado que paga pelos serviços ambientais dos produtores. Eles recebem R$ 669 por hectare para manter a área ambiental de pé. Somos os primeiros a implantar essa metodologia que é exemplo”, explicou.

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O evento reuniu especialistas, economistas e diversas autoridades, entre elas o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes; o governador do Pará, Helder Barbalho; o presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira; além dos presidentes Isaac Sidney (Federação Brasileira de Bancos – Febraban) e Ricardo Capelli (presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial – ABDI).

Debate
O presidente do Correio Braziliense, Guilherme Machado, agradeceu as autoridades presentes no evento e explicou que a intenção do debate é realmente promover uma discussão sobre os desafios para 2025. “Reunimos autoridades dos três poderes, a iniciativa privada e especialistas importantes para que pudessem expor como enxergam o próximo ano e quais os desafios deverão ser enfrentados”, salientou.

O ministro do STF, Gilmar Mendes, destacou como centro de sua fala o compromisso pela efetivação do desenvolvimento sustentável. “O tema da transição energética assume particular importância porque a redução da emissão de gases é um dos objetivos visados. E isso nada mais é do que a busca por fontes mais sustentáveis que possam auxiliar na redução do efeito estufa”, defendeu.

Já a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) expôs que, por um lado, o país conquistou dados e números robustos em 2024, mas, por outro, vai enfrentar pontos que merecem preocupação em 2025. A exemplo da inflação, que em outubro chegou a 4,87%, o maior índice em 12 meses; a alta elevada dos juros (previsão da Selic em 14,25% ao ano em março de 2025) e o câmbio depreciado. “Os bancos não querem conviver com juros elevados, o que queremos é um ambiente saudável do ponto de vista da estabilidade macroeconômica. Juros elevados sufocam a todos. Portanto, o que queremos é que o Brasil tenha juros básicos mais acomodados”, considerou o presidente da entidade, Isaac Sidney.

Fotos: Hegon Corrêa


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