Goiás • atualizado em 21/01/2019 às 22:03

Decreto de calamidade foi adotado após identificar “colapso financeiro”, diz Caiado

Caiado: Estado vai zerar o caixa disponível para pagamento de servidores (foto divulgação)
Caiado: Estado vai zerar o caixa disponível para pagamento de servidores (foto divulgação)

Em meio ao caos administrativo herdado das gestões anteriores, o governador Ronaldo Caiado decretou, nesta segunda-feira (21/01), estado de calamidade financeira do Estado de Goiás pelo período de 180 dias, prorrogável em caso de necessidade.

O documento, que foi encaminhado à Assembleia Legislativa para apreciação dos deputados, relata o elevado e crescente déficit fiscal constatado nas contas públicas, do qual resulta a indisponibilidade de recursos financeiros para o pleno funcionamento da administração pública.

O decreto de estado calamidade ressalta ainda que as medidas administrativas de racionalização e contenção de despesas que eram possíveis de adotar não têm sido suficientes para reverter o quadro caótico.

Segundo o governador, o decreto é um aviso aos fornecedores de que de os pagamentos a eles poderão ser postergados.

“Estou buscando todas as alternativas”, disse Caiado ao relatar que o secretário de saúde de Goiás estava hoje no ministério da saúde para buscar recursos para as urgências na área.

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“A realidade é exatamente essa, é uma radiografia do que está acontecendo. O Estado não tem capacidade de arrecadação para quitar compromissos. Assumi um Estado com R$ 3,4 bilhões em dívidas e mais R$ 2,9 bilhões para 2019. Não nos resta outra alternativa senão decretar a situação de calamidade”, lamentou o governador.

Segundo Caiado, faltam recursos para cumprir compromissos essenciais e, como não há previsão para desfecho da missão do governo federal sobre o Regime de Recuperação Fiscal (RRF), o decreto apresentou-se como alternativa.

“Temos que buscar a participação de todos no sentido de abastecer hospitais, dar condições mínimas aos setores como segurança e saúde. O colapso financeiro de Goiás é real’, alerta o governador.

“Vamos conseguir melhorar a vida dos goianos com honestidade, com trabalho, sem mentiras ou maquiagem. Estamos buscando, diuturnamente, alternativas para resolver a crise”, destaca Caiado.

“O governador está extremamente preocupado com o déficit e essa é uma forma de anunciar aos Poderes e à sociedade em geral a situação. Há um colapso total, pontua o chefe da Casa Civil, Anderson Máximo. “Só em restos a pagar de 2018 temos R$ 2,4 bilhões consolidados. Resta ao governo encontrar uma maneira para dar vasão aos pagamentos”, conclui.


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