O ano de 2024 começou com um bom sinal para a economia de Goiânia. De acordo com levantamento do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) em parceria com a CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) Goiânia, o número de inadimplentes na capital teve recuo de 2,10% em janeiro, o menor índice dos últimos seis meses.
Na contramão do cenário nacional, que registrou aumento de 3,78% na inadimplência, Goiânia se destaca como uma das poucas cidades a apresentar queda no indicador. Na comparação anual, a retração é ainda mais significativa, com queda de 2,54%.
Fatores que contribuíram para a queda
Especialistas atribuem a queda da inadimplência em Goiânia a uma combinação de fatores:
- Pagamento do décimo terceiro salário: O pagamento do décimo terceiro salário em dezembro injetou recursos na economia e contribuiu para a regularização de pendências financeiras.
- Aumento da oferta de emprego temporário: A sazonalidade do final de ano impulsionou a criação de vagas temporárias, especialmente no comércio, o que elevou a renda das famílias.
- Programa Desenrola Brasil: O programa do governo federal, que oferece condições especiais para renegociação de dívidas, também contribuiu para a redução da inadimplência.
Perspectivas para o ano
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O presidente da CDL Goiânia, Geovar Pereira, avalia que o início positivo do ano é um bom indicativo para o restante de 2024. “Se 2024 começa com um número menor de inadimplentes, podemos imaginar que o consumidor terá mais fôlego para lidar com as obrigações do início de ano sem diminuir tanto o consumo no varejo”, afirma.
Perfil dos inadimplentes
Em janeiro, cada consumidor inadimplente de Goiânia tinha, em média, 2,171 dívidas em atraso. O setor com maior participação no índice de inadimplência foi o de bancos (64,39%), seguido por outros (9,37%), comércio (8,90%), comunicações (8,75%) e água e luz (8,59%).
O valor médio da dívida por inadimplente em Goiânia era de R$ 4.982,25. Cerca de 30,48% dos devedores tinham débitos de até R$ 500, e 43,70% tinham dívidas de até R$ 1.000. O tempo médio de atraso dos devedores era de 27 meses, sendo que 37,61% estavam inadimplentes entre 1 e 3 anos.
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