O ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), participou da abertura do III Encontro Nacional de Comunicação da Justiça Eleitoral na sede da Corte. Moraes classificou o papel da comunicação como importantíssimo, especialmente durante as eleições. “Dentro dessa questão que envolve a desinformação, nossa luta é contra um inimigo gigantesco e bem estruturado. As milícias digitais continuam fortes e com credibilidade junto a grande parte da sociedade”, afirmou.
O presidente do TSE ainda chamou atenção para o mau uso da inteligência artificial durante o processo eleitoral. “Nestas eleições, teremos fake news anabolizadas por conta da inteligência artificial. Isso é extremamente perigoso. Nosso trabalho será o de educar o eleitorado e divulgar a verdade sobre a Justiça Eleitoral”, acrescentou.
Dedicado aos jornalistas e aos profissionais que atuam nas assessorias de comunicação dos órgãos da Justiça Eleitoral (JE), o evento foi aberto pela ministra do TSE Edilene Lôbo. Ela declarou que a comunicação do TSE desenvolve um trabalho fundamental para levar ao mundo o que acontece na Corte: “Quando vocês informam, as pessoas conseguem saber o que faz o Tribunal da Democracia. Aqui, falamos para milhões de brasileiros que têm o sonho de ver a vida acontecer. A democracia é um sistema de inclusão, temos que nos guiar por isso”.
Desinformação eleitoral
A secretária de Comunicação e Multimídia do TSE, Giselly Siqueira, disse aos presentes que este será um ano de muitos desafios, com eleições complexas. “Nossa troca de experiências ocorrerá ao longo de todo o ano. Esse encontro foi pensado de forma cuidadosa para entregarmos um conteúdo que seja útil”, explicou.
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Na sequência, a jornalista e pesquisadora Grazielle Albuquerque, cientista política da Universidade Federal do Ceará (UFC), apresentou a palestra “Desinformação Eleitoral – Estudo de caso e perspectivas”. Na pesquisa, Grazielle estudou a página Fato ou Boato, do TSE, entre os anos de 2018 a 2023.
“O trabalho que a Justiça Eleitoral tem feito com respeito à desinformação é de apagar incêndios diariamente. A desinformação é um fenômeno da nossa época, mas o caso brasileiro conta com algumas peculiaridades. No Brasil, passamos por um momento muito atípico. Os sistemas eleitorais sofrem ataques em diferentes lugares do mundo. Mas, por aqui, o que vimos é que a Justiça Eleitoral sempre teve muito prestígio e, de repente, passou a ser alvo de diferentes investidas”, apontou.
III Encontro
O III Encontro Nacional de Comunicação da Justiça Eleitoral ocorre até sexta (15), na sede do TSE, em Brasília, e conta com a participação de profissionais da área que atuam em todos os 27 TREs do país. Além do combate à desinformação eleitoral e às deepfakes, estão na pauta do evento temas como linguagem simples, comunicação acessível e o uso da inteligência artificial na comunicação pública.
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