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Projeto que obriga realização de exames toxicológicos em professores gera debate entre deputadas

Dra. Zeli e Bia de Lima (Foto: Altair Tavares/Diário de Goiás)

A deputada estadual Dra. Zeli (União Brasil) apresentou um projeto nesta quarta-feira (31/08) que promete gerar debate nos próximos dias: ela quer que servidores da rede pública de ensino sejam submetidos à realização anual de exames toxicológicos. 

Em entrevista concedida a mim, Altair Tavares, a parlamentar defendeu a apresentação do texto. “Acho importantíssimo esse projeto. Se, para tirar uma carteira como motorista, exigem esse exame, por que não na rede pública, onde é a definição do futuro dos jovens? Então, será obrigatório para admissão dos que forem contratados ou passarem no concurso. E os que já estão, terão 180 dias para entregar o resultado desse exame”, pontuou.

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Zeli ainda reconheceu que o projeto não agrada os servidores da área da educação. “Mas os pais, com certeza, vão aplaudir esse projeto”, salientou. O texto ainda não coloca a exoneração do servidor que tiver teste positivo em pauta, mas a parlamentar afirma que o caminho pode ser esse ao longo de sua tramitação. “Aí vamos ver o que vai acontecer com ele. Não prevê demissão. Mas é algo para se acrescentar, com certeza”, concluiu Zeli.

A deputada estadual e presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Goiás, Bia de Lima (PT) vê o projeto como tentativa de constrangimento aos professores. Ela destaca que é válida a preocupação com a saúde dos trabalhadores. “Agora no sentido exclusivo do pessoal da Educação, não”, reforça.

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“Nós queremos que as mesmas questões sejam colocadas também para a segurança pública, para as outras categorias. Mas esse tipo de segregação, de intimidação, de mecanismos que possam criar constrangimento para os professores é inadmissível”, salienta. Ela lamenta o debate banalizado em torno do assunto. Para ela, todas as categorias deveriam ser submetidas aos testes.

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“Eu me surpreendo com esta proposta, porque nós precisamos também fazer a mesma coisa com os médicos, com os odontólogos, com todas as carreiras e categorias. É lógico que hoje, a questão do uso de drogas, infelizmente, está uma coisa banalizada em todos os cenários. Nós estamos vendo aí os motoristas muitas vezes dirigindo às custas de drogas para mantê-los acordados. E quantos médicos não fazem uso excessivo de medicamentos que deixam, às vezes, fora do sentido normal?”, indagou.

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Categorias: Educação
Altair Tavares: