Economia • atualizado em 08/04/2019 às 17:53

Santa Marta adiou reajuste para o dia 10 de Abril

Sede da Drogaria Santa Marta no Jardim Guanabara, franqueada (Foto Divulgação)
Sede da Drogaria Santa Marta no Jardim Guanabara, franqueada (Foto Divulgação)

O mês de abril é marcado pelo reajuste anual dos preços dos medicamentos. Definido pelo Governo Federal e pelo Conselho de Ministros da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), o aumento passou a vigorar desde o dia 31 de março deste ano, com reajuste entre 1,36% e 4,45% para os medicamentos que necessitam de prescrição médica. A Drogaria Santa Marta, no entanto, vai repassar o novo índice às unidades apenas a partir do dia 11 de abril.

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A variação depende de cada tipo de medicamento e quantos concorrentes, categorizados em “alta, moderada e baixa concorrência” que ele possui no mercado, como explica o diretor de compras de medicamentos da Drogaria Santa Marta, Edson de Medeiros. “Os medicamentos que têm maior concorrência recebem um percentual maior, os de menor concorrência recebem um percentual menor”, relata. Aqueles que não precisam de receitas, como analgésicos, antigripais e anti-inflamatórios, também foram afetados pelo aumento. Ao todo, uma média de 19 mil medicamentos estão sujeitos ao reajuste. 

Em nota, o Sindicato da Indústria Farmacêutica (Sindusfarma) informa que os índices de reajuste não repõem a inflação passada, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no acumulado de 12 meses, de março de 2018 a fevereiro deste ano. Os farmacêuticos da rede de Drogarias Santa Marta costumam alertar os clientes quando o reajuste se aproxima.

O gerente farmacêutico Adriano Umbelino, por exemplo, conta que além das reclamações óbvias, “as pessoas costumam optar por um medicamento mais em conta, que é o genérico. Muitos também já compram mais que o necessário para o mês e fazem um pequeno estoque para adiar um pouco os preços mais altos”, diz.

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Cliente da Santa Marta, a publicitária Vitória Arruda compra vários medicamentos por mês, entre eles remédios de controle da pressão arterial. Ela relata que alguns ajustes na economia da casa têm de ser feitos nos períodos de aumento dos preços. “Tenho que tirar do meu lazer. Em alguns casos consigo trocar alguns medicamentos por genéricos de marcas em que eu confio, mas em outros não tem solução”, lamenta.

Edson explica que, apesar de os novos valores estarem vigentes, a Santa Marta proporciona um benefício a mais aos seus consumidores. “Todos os medicamentos serão vendidos pelo preço antigo, ou seja, sem o reajuste anual, até o dia 10 de abril. Além disso, aqui os genéricos são em média 30% mais baratos que nas grandes redes”, afirma.

Descontos 

A Santa Marta possui programas de descontos vigentes durante todo o ano. “A maior parte dos medicamentos com que trabalhamos, cerca de 80%, como os de coração, hipertensão, diabetes, colesterol e anticoncepcionais são vendidos com preços de fábrica”, explica o diretor. Os genéricos também possuem uma promoção própria, com descontos entre 60% e 85%, ficando, assim, em média 30% mais baratos que nas grandes redes.

Como funciona

O atual cálculo feito para se obter o reajuste anual dos medicamentos está em vigência desde 2015 e foi determinado pelo Ministério da Saúde e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O método visa a resultar em valores abaixo da inflação e que mais medicamentos tenham um reajuste menor. A fórmula utilizada para se obter a variação percentual do preço do medicamento (VPP) inclui a inflação oficial dos 12 meses anteriores medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a produtividade do medicamento (fator X), ajuste de preços entre setores (fator Y) e ajuste de preços intrassetor (fator Z). A formula final é VPP=IPCA-(X+Y+Z).


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