A intensidade de alta de cerca de 150 produtos que compõem o índice de preços da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) diminuiu em novembro, com a taxa passando de 2,73% para 0,67%. De janeiro a novembro, foi constatado um avanço de 6,17% e, nos últimos 12 meses, de 5,51%.
Esse índice foi lançado em 2009 e reflete as oscilações verificadas no conjunto de alimentos frescos mais representativos do comércio atacadista da Ceagesp. Em comparação com o mesmo período do ano passado, também se observa um comportamento de recuo dos preços. Em novembro de 2015, a taxa acumulada do ano tinha sido 8,22% e, em 12 meses, 15,03%.
O economista Flávio Godas, da Ceagesp, lembrou que há um ano houve um impacto de chuvas fortes sobre as cotações nesse período analisado. Já neste ano, conforme compara, há o fator da baixa demanda empurrando preços para baixo, mas há também correções de alta puxadas pelo câmbio e pelo clima.
“Com exceção das frutas, a tendência é de queda, mas no caso dos legumes e das verduras nem tem margem para cair mais porque já estão muito baratos e isso afetaria o custo”, observou.
De acordo com Godas, de janeiro a outubro , houve queda de 6% no volume comercializado, o equivalente à redução de 170 mil toneladas, consequência tanto da crise econômica quanto da alta do dólar e do clima – estiagem ou excesso de chuvas. Ele informou que 18% das frutas vendidas nesse entreposto são importadas e como estão mais caras por causa do impacto do dólar, a oferta deve diminuir neste final de ano. Entre os itens estão as ameixas, os pêssegos, o damasco e a uva.
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Em novembro, já houve uma elevação de 1,93% nas frutas. As maiores altas foram: abacate (34%), carambola (22,1%), laranja lima (15,4%), banana prata (11,7%) e goiaba (10,9%). No caso da banana, a alta foi provocada pelas chuvas que atingiram a região produtora do Vale do Ribeira. Já em relação à laranja, este produto e os demais citros estão em período de entressafra.
Verduras
No período também foi registrada leve elevação das verduras (0,94%) com destaque para o coentro (89,1%), rabanete (28,8%), brócolos (24%), almeirão PA (23,1%) e nabo (21,2%). As principais quedas foram do milho verde (-18,5%), alho porró (-12,5%) e cebolinha (-10,3%).
O mesmo ocorreu em relação aos pescados (2%). Entre que mais subiram estão o atum (27,8%), tainha (23,9%), lula (16,1%), corvina (15,7%) e espada (11,3%). As principais quedas foram da anchova (-18,6%), robalo (-14,7%), pescada goete (-10,2%) e cascote (-4,3%).