Destaques • atualizado em 25/11/2021 às 18:36

Você sabe o que é Herpes Zoster? especialistas explicam sobre a doença

A herpes zoster pode deixar complicações mesmo depois da resolução da fase de infecção aguda. (Foto: Divulgação /Hospital Albert Sabin)
A herpes zoster pode deixar complicações mesmo depois da resolução da fase de infecção aguda. (Foto: Divulgação /Hospital Albert Sabin)

O Hospital Albert Sabin, de São Paulo, reuniu dois especialistas, um neurologista e uma dermatologista que explicaram tudo sobre a doença. A herpes zoster é uma doença viral que, geralmente, infecta o indivíduo na infância, causando o quadro de varicela (catapora). O vírus passa por uma fase de disseminação hematológica até atingir a pele e, após, caminha pelos nervos periféricos até atingir os gânglios nervosos, onde pode permanecer em latência por toda a vida.

“Situações diversas, como em pacientes portadores de doenças como AIDS, leucemia, doença de Hodgkin e outras, podem ocasionar uma reativação do vírus, fazendo-o se movimentar pelo nervo periférico até atingir a pele, causando as erupções características dessa doença”, explica a Dra. Giovanna Mori Almeida, dermatologista do Hospital Albert Sabin (HAS).

A herpes zoster pode deixar complicações mesmo depois da resolução da fase de infecção aguda. “Isso acontece porque durante o processo inflamatório da infecção pelo vírus, o paciente pode ter uma lesão definitiva do nervo ou da raiz, denominada neuralgia pós-herpética”, diz o neurologista do HAS, Dr. Felipe Saad.

Sintomas do Herpes Zoster

Os sintomas são, geralmente, dores nevrálgicas que antecedem as lesões cutâneas e o tratamento deve ser iniciado o mais precoce possível, com medicamentos antivirais e analgésicos. “Quanto mais cedo for a intervenção médica, menores as chances de complicações e de neuralgia pós-herpética”, adverte a Dra. Giovanna.

Além disso, o herpes zoster pode deixar também outras sequelas na pessoa. Como:

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  • Comprometimento do nervo trigêmeo, particularmente do ramo oftálmico, podendo danificar a córnea;
  • Acometimento do nervo facial (Paralisia de Bell), levando à distorção do rosto;
  • Comprometimento do nervo geniculado, devido às lesões no nervo facial e auditivo, podendo ocorrer zumbidos, vertigem e distúrbio de audição.

A Anvisa já aprovou uma vacina que previne a doença. Ela é indicada principalmente aos pacientes com mais de 50 anos, fase de maior risco de infecção. A vacinação também ajuda a diminuir a dor aguda e crônica, contudo, não é eficaz sobre herpes tipo 1 (oral) e herpes tipo 2 (genital), somente sobre a tipo 3 (zoster).

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