O presidente do PSD em Goiás, Vilmar Rocha esteve ao longo da última semana em encontros e reuniões com lideranças partidárias em São Paulo. Entre as conversas, sentou à mesa com Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Michel Temer (MDB) e o ex-tucano Geraldo Alckmin que, tudo indica, está à caminho de sua legenda. Sem falar no seu colega e fundador da agremiação da qual faz parte, Gilberto Kassab. O objetivo? Iniciar as articulações para encontrar um nome que possa fazer frente a Luís Inácio Lula da Silva (PT) e ao atual presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).
Não dá para ser o governador tucano João Doria. Segundo Rocha, “ele é paulista demais” para o Brasil. Tampouco o ex-governador de São Paulo que já tentou a cadeira no Palácio da Alvorada em outras ocasiões, Geraldo Alckmin. “Ele é candidatíssimo a governador de São Paulo”, destacou. O ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que recentemente filiou-se ao PSD? “Ele quer ser candidato a senador, não a presidente”. Vilmar acredita que esses nomes não terão candidaturas à presidência da República aglutinadas. No entanto, vê nas Minas Gerais, o lugar onde encontrará um candidato para chamar de seu. “Minas tem uma cultura política voltada para o consenso e equilíbrio. Vamos colocar os holofotes em Minas e ver se tem um bom nome lá. Minas é mais Brasil do que São Paulo.”
Segundo Vilmar, o consenso e o equilíbrio que pode ser encontrado em Minas Gerais nunca foram tão importantes para o futuro do país. Ele avalia que o Brasil não merece “extremos” na política. “O perfil que nós desejamos é um nome que se aproxima do seguinte perfil: são sete ítens: moderado. O Brasil não aguenta mais radicalismos. Que una os brasileiros e não invista na divisão dos brasileiros. Que mude a forma de administração. Que seja mais profissional e meritocrático no preenchimento da equipe. Que seja ficha-limpa. Que tenha experiência política e administrativa. Se não tiver uma das duas, pelo menos uma delas. Que se preocupe com as pessoas e finalmente, que recupere o prestígio do Brasil no exterior”, avaliou.
Questionado se Lula não tem adotado um estilo moderado, Vilmar afirma que o petista não tem ideologia e transita para onde lhe convém em busca do poder. “O Lula não é de esquerda, de direita, não é de nada. O Lula é de onde for conveniente para ele. Ele tem esse perfil. Muita gente dizia que ele era o pai dos pobres e ao mesmo tempo foi a mãe dos ricos. O PT sim, é um partido orgânico. Se for preciso ele [Lula] vai ser de direita também, não tem problema não”, avalia.
Veja a entrevista na íntegra no Diário de Goiás.