Destaques • atualizado em 29/10/2021 às 13:32

Sob pressão, Facebook muda nome corporativo e passa a se chamar Meta

A empresa de logo azul, criada por um moleque de Harvard, que as pessoas aprenderam a amar e depois a odiar, mudou de nome Agora, o Facebook se chama Meta. A mudança foi anunciada por Mark Zuckerberg nesta quinta, 28, durante a conferência Facebook Connect, evento de realidade virtual (VR) e realidade aumentada (AR) da empresa.

Atolado em uma crise por conta das denúncias de que negligenciou a moderação de conteúdo para continuar lucrando, Zuckerberg afirmou que a nova marca era necessária para refletir os novos interesses da empresa.

“Criar produtos de redes sociais sempre será importante para a gente, mas acreditamos que o nome Facebook está altamente ligado a isso. O nome não engloba mais tudo o que queremos fazer. É hora de adotarmos uma nova marca para a nossa companhia”, disse o fundador da empresa.

Isso não significa que a rede social vai desaparecer – nem que isso vai causar mudanças em serviços como Instagram e WhatsApp. A mudança cria uma holding que vai comandar os dois diferentes negócios da empresa: o de redes sociais e o dedicado a AR e VR – algo parecido com o que o Google fez ao criar a Alphabet, em 2015. A mudança, que inclui uma nova logomarca, foi anunciada após uma hora de apresentação, na qual Zuckerberg apresentou sua visão para a criação de um metaverso – ele continuará sendo presidente executivo da empresa.

Na apresentação, Zuckerberg passou superficialmente pelos problemas. Ele reconheceu que está passando por um escrutínio público, mas afirmou que vai continuar olhando para o futuro. O presidente do Facebook abriu o evento com um discurso defensivo. “A realidade é que sempre terão problemas, e algumas pessoas podem ter a visão de que nunca é um momento realmente certo para focar no futuro. Do meu ponto de vista, acho que estamos aqui para criar coisas e acreditamos que podemos fazer isso. Achamos que é importante seguir em frente.”

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Com ares de game, o metaverso ainda não está perto de se tornar realidade. A empresa imagina um plano de longo prazo a ser implementado na próxima década. O evento de apresentação reuniu algumas das funcionalidades que o universo virtual poderá ter – a interação com outras pessoas à distância é o foco da plataforma.

Segundo Zuckerberg, o metaverso vai incluir algumas representações das pessoas para que ocorram interações no novo universo. Uma delas é o avatar, que poderá ser personalizado para as diferentes atividades que os usuários poderão fazer, como trabalho e lazer. Além disso, salas de encontro também poderão ser criadas na plataforma, para receber amigos, por exemplo – é como um The Sims. O executivo afirmou que serão necessários bilhões em investimento para que o metaverso se torne realidade. Ele, porém, não deu uma cifra concreta.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. Por Bruna Arimathea e Bruno Romani – Estadão Conteúdo

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