Destaques • atualizado em 24/04/2023 às 18:55

Sete militares do GSI que aparecem nas imagens divulgadas pela CNN atuaram na segurança de Bolsonaro

Imagens das câmeras de segurança do Palácio do Planalto disponibilizadas pelo GSI. (Reprodução)
Imagens das câmeras de segurança do Palácio do Planalto disponibilizadas pelo GSI. (Reprodução)

O general Gonçalves Dias, então chefe do GSI, também apareceu em filmagens e se demitiu após a divulgação de partes dos vídeos

Após toda a polêmica envolvendo o “furo” da CNN em relação ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias e o 8 de janeiro, sete dos militares que trabalhavam para o órgão foram identificados nas imagens gravadas pelas câmeras de segurança do Palácio do Planalto, naquele dia.

Conforme a apuração mais detalhada do caso, os tais militares atuaram diretamente na segurança do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante viagens oficiais e eventos de campanha. Um deles, o major José Eduardo Natale, acompanhou Bolsonaro na viagem a Juiz de Fora (MG) para o lançamento da campanha eleitoral em agosto do ano passado e integrou sua equipe de segurança em viagem à Rússia, em fevereiro de 2022.

De acordo com informações do O Globo, Natale foi responsável por reduzir o efetivo de defesa no Planalto e chegou a oferecer água aos golpistas vândalos em Brasília. Em justificativa à PF, o militar afirmou que os manifestantes pediram água e ele os serviu como uma técnica de gerenciamento de crise.

Ao todo o GSI disponibilizou mais de 200 horas de gravações dos atos golpistas, registradas em 33 câmeras pelos quatro andares do Palácio do Planalto, onde fica o órgão. Apesar da quantidade de imagens, situação acabou saindo de controle por conta de informações desencontradas divulgadas pela CNN, que fez até com que o general Gonçalves Dias, então chefe do GSI, aparece circulando entre os golpistas e, após isso, pedisse demissão.

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