O general Gonçalves Dias, então chefe do GSI, também apareceu em filmagens e se demitiu após a divulgação de partes dos vídeos
Após toda a polêmica envolvendo o “furo” da CNN em relação ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias e o 8 de janeiro, sete dos militares que trabalhavam para o órgão foram identificados nas imagens gravadas pelas câmeras de segurança do Palácio do Planalto, naquele dia.
Conforme a apuração mais detalhada do caso, os tais militares atuaram diretamente na segurança do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante viagens oficiais e eventos de campanha. Um deles, o major José Eduardo Natale, acompanhou Bolsonaro na viagem a Juiz de Fora (MG) para o lançamento da campanha eleitoral em agosto do ano passado e integrou sua equipe de segurança em viagem à Rússia, em fevereiro de 2022.
De acordo com informações do O Globo, Natale foi responsável por reduzir o efetivo de defesa no Planalto e chegou a oferecer água aos golpistas vândalos em Brasília. Em justificativa à PF, o militar afirmou que os manifestantes pediram água e ele os serviu como uma técnica de gerenciamento de crise.
Ao todo o GSI disponibilizou mais de 200 horas de gravações dos atos golpistas, registradas em 33 câmeras pelos quatro andares do Palácio do Planalto, onde fica o órgão. Apesar da quantidade de imagens, situação acabou saindo de controle por conta de informações desencontradas divulgadas pela CNN, que fez até com que o general Gonçalves Dias, então chefe do GSI, aparece circulando entre os golpistas e, após isso, pedisse demissão.