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Representantes da construção civil vão à prefeitura de Goiânia pedir retorno das obras privadas

De acordo com a associação, apenas 0,2% de casos ocorreu com trabalhadores desta área. Foto: divulgação.

O mercado da construção civil foi um dos setores que precisou interromper as suas atividades devido ao decreto publicado pela prefeitura de Goiânia, entrando em vigor já nesta segunda-feira (1/3). No entanto, a Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO) enviará um ofício ao prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicano), explicando que esta atividade não aglomera pessoas, respeita-se os protocolos sanitários e, assim, não dissemina a covid-19.

“Temos plena convicção que, enquanto nossos trabalhadores estiverem sob os nossos cuidados, será melhor para toda a sociedade, uma vez que nas obras não existem aglomerações e são cumpridos protocolos muito bem definidos desde o início da pandemia, os quais comprovadamente têm dado resultados positivos”, explica o presidente da Ademi-GO, Fernando Coe Razuk.

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De acordo com a associação, já desde o início da pandemia o setor foi monitorado com frequência e medidas de segurança visando frear os casos de covid-19 foram tomadas, desta forma resultando num baixo número de casos da doença em trabalhadores desta área, apenas 0,2%, pesquisa feita no final de fevereiro pela Associação Brasileira de Incorporadores Imobiliários (Abrainc).

Ainda de acordo com Fernando Coe, o setor emprega muitos trabalhadores com situação financeira delicada e que uma parada nesses trabalhos causaria danos expressivos à categoria.

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“Nossas obras empregam um número muito grande de trabalhadores de baixa renda e que dependem do trabalho para o sustento da família”, ressalta.

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Sobre a pesquisa feita pela Abrainc, nos dias 24 e 26 de fevereiro, a associação apresenta os números que, a seu ver, justificaria uma flexibilização para a volta dos trabalhos do setor.

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“A quantidade de trabalhadores ativos nos canteiros de obras é de 71 mil e o número de obras paradas aumentou para oito devido às paralisações em Araraquara. O levantamento aponta que, dos 71 mil funcionários ativos, o número de recuperados é de 5.859 (8,2%); os casos suspeitos ativos são 319 (0,4%) e infectados ativos, 116 (0,2%). No momento, há um 1 caso de internação hospitalar e o número acumulado de óbitos é de 11 (0,01%)”, diz trecho da pesquisa da Abrainc.

A Ademi-GO ressalta que já no início da pandemia, foi reforçado às associadas a necessidade dos cuidados com a circulação do vírus entre os trabalhadores. E para isso foi pedido ações que combatessem o avanço de contaminações, por exemplo, escalonamento de horário dos trabalhadores, aferição de temperatura, disponibilização de álcool gel em diversos locais da obra e o uso de máscaras durante toda a permanência no canteiro de obras. Outro fator que a Ademi-GO destaca é que a média de idade dos trabalhadores desta área da construção é de 35 anos, portanto fora do grupo de risco.

A área da construção civil gera milhares de empregos e, segundo a associação, uma medida de impedimento dos trabalhos desta categoria pode ensejar em perdas de postos de empregos para todo setor.

“Os incorporadores têm prazo pactuado com os clientes para entrega dos empreendimentos. O impacto na economia será muito alto. Desemprego de operários, e todo o prejuízo da gigante cadeia de insumos e serviços ligadas à construção (cada produtor e revendedor de materiais, fornecedores de alimentação para as obras, etc)”, pontua Fernando Coe.

Categorias: Destaques Economia
Thyago Humberto: