Nos primeiros 8 meses deste ano, o Procon Goiás já registrou 197 reclamações relacionadas a empréstimos consignados em geral, o que representa um aumento de 35%, comparado ao mesmo período do ano passado. Os golpistas têm como público-alvo os servidores públicos ativos e aposentados, e aposentados do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).
Os criminosos agem por conta de que eles possuem a facilidade da contratação de empréstimos consignados em folha de pagamento. O que tem chamado atenção das autoridades é a forma de praticar o golpe, a chamada ”portabilidade de empréstimo”. Dessa forma, o criminoso oferece à vítima a portabilidade de dívidas anteriores com a redução da taxa de juros das parcelas. Muitas vezes, como forma de atrair os consumidores, é ofertado lucro imediato de 10% sobre o valor depositado na conta dos servidores.
Além de Goiás, de acordo com o Procon, também há registros no Distrito Federal, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais e São Paulo. O que torna esse golpe mais perigoso do que os demais é o fato de uma possível participação de um representante do banco que, em uma suposto envolvimento com a organização criminosa, encarrega-se de repassar informações sigilosas dos clientes que possuem empréstimos consignados e a margem disponível para realizar novas contratações.
O dinheiro de toda a negociação é depositado na conta da vítima, mas em seguida, a vítima é procurada para que seja realizada uma transferência deste valor para uma outra conta bancária que está vinculada ao CNPJ da empresa que participa do esquema.
A desculpa dada pelos golpistas é que este “estorno” é necessário para a conclusão da portabilidade da dívida. Nesse caso, a vítima leva golpe de dois empréstimos (o original e o recém-contratado).
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O superintendente do Procon Goiás, Alex Augusto Vaz, alerta para que o consumidor antes de fechar qualquer contrato, pesquise sobre a empresa. “Para não se tornar vítima deste tipo de ação é importante que o consumidor pesquise a idoneidade da empresa que firmará o contrato, analise bem as cláusulas contratuais e duvide sempre das ofertas que destoem das propostas ofertadas pelo mercado”.
Primeiramente, a vítima deverá entrar em contato com a Polícia Civil e registrar um boletim de ocorrência. Posteriormente, ela poderá acionar a financeira envolvida na transação via administrativa e judicial, por intermédio respectivamente do Procon Goiás e de um advogado de sua confiança, para que ela explique qual a sua relação com a empresa falsária.
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