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Prefeitura desiste do escalonamento regional e retorna ao revezamento 14 x 14 proposto pelo Governo estadual

A Prefeitura de Goiânia vai continuar seguindo o decreto estadual determinado pelo Governo de Goiás que impõe o revezamento entre fechamento e abertura do comércio a cada 14 dias. O anúncio será feito após a reunião que acontece neste sábado (27/03) e que delimitará as novas diretrizes para as próximas duas semanas. A expectativa é que o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) explique os detalhes por meio de uma coletiva com a imprensa.

A partir da quarta-feira (31/03) até o dia 11 de abril a capital manterá o comércio aberto. O decreto normatizando a flexibilização será publicado ainda neste sábado (27).

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A prefeitura determinou horários específicos para o funcionamento de cada setor da economia. O comércio em geral poderá abrir das 9h às 17h. Estabelecimentos do setor de serviços funcionam de 12h às 20h. Salões e barbearias podem trabalhar das 12h às 21h.

Para bares e restaurantes, o horário vai das 11h às 23h. Estabelecimentos deste segmento podem funcionar com 50% da capacidade. É permitido som com voz e violão. Os shoppings funcionarão das 10h às 22h.

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As escolas também ficam autorizadas a funcionar com capacidade de um aluno a cada 2,25 metros quadrados e respeito ao distanciamento mínimo de 1,5m.

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As celebrações religiosas serão novamente permitidas com limitação de 30% da capacidade e intervalo mínimo de três horas entre elas. As academias também reabrem com capacidade máxima de 30%. 

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No caso da construção civil, os empresários precisarão garantir o transporte dos trabalhadores.

“A palavra é união”

Mais cedo ainda neste sábado (27), o secretário de Governo, Arthur Bernardes, disse que a ideia do novo decreto era ‘convergir’ com o regramento estipulado pelo governador Ronaldo Caiado.

Arthur destacou que o prefeito Rogério Cruz e sua equipe estão conversando com diversos atores da sociedade em busca de um consenso. “A Prefeitura está trabalhando incessantemente buscando o diálogo e a união de esforços entre o Governo do Estado, a Prefeitura, os órgãos de controle, sociedade, Câmara dos Vereadores, Assembleia Legislativa e a sociedade de uma forma geral. O que a gente espera é que com essa união e a união é para combater um vírus que é nosso inimigo em comum. Não enxergamos a possibilidade de trabalhar sem união”, pontuou. 

O secretário também disse que vem tendo reuniões com o governador do Estado, Ronaldo Caiado (DEM) reconhecendo sua liderança na tomada de decisões em torno dos decretos. “Então, já estivemos com o governador Ronaldo Caiado que é o líder do nosso estado, fizemos reflexões conjuntamente. Prosseguimos com essas reuniões hoje de manhã. A palavra de ordem é: união de esforços.”

Questionado se houve um recuo nos textos, Arthur destacou que o verbo deveria ser trocado. Segundo ele, a Prefeitura estava buscando ‘união’. “Na verdade, através de diálogo a gente entende que tem que ser uma só voz e ações uníssonas, em conjunto para chegarmos a um consenso. Porque não pode, a gente entende que a sociedade não entende, vocês não entendem, o governo do estado fala uma coisa, o governo do município fala outra, aí judicializa. O empresário não entende o que fazer, bate cabeça, a mãe não sabe se leva para escolha ou se não leva. Então a vontade do prefeito e a determinação dele é: quantas reuniões forem necessárias faremos buscando a união e convergência de ideias de forma conjunta: setor produtivo, sociedade civil organizada, população em geral, Câmara dos Vereadores, nossos parlamentares federais e estaduais. Todos unidos para que possamos combater o inimigo em comum. Seria muita irresponsabilidade de qualquer governante não dar as mãos neste momento que a gente precisa de convergência”, ponderou.  

Ruídos que geram confusão

O novo decreto seria divulgado, inicialmente, nesta sexta-feira (26). Porém, Cruz recuou após uma declaração do governador Ronaldo Caiado de que não havia sido consultado pelo Paço sobre as novas regras. Os dois se reuniram na sexta, mas não houve uma definição. A medida causou confusão no setor empresarial. Os lojistas ficaram sem saber qual decreto deveriam seguir.

O decreto estadual, argumenta o governador, se sobrepõe aos municipais e determinaria a reabertura, por 14 dias, somente a partir da quarta-feira (31).

Já à noite, auxiliares do prefeito informaram que ele recebeu novos dados epidemiológicos da equipe técnica e faria novas reuniões para avaliar as medidas.

Reunião com empresários

Na quinta-feira (25), o prefeito reuniu-se com o Fórum Empresarial no Paço Municipal. Ficou definido que a reabertura do comércio se daria no formato de escalonamento regional, semelhante ao de Aparecida de Goiânia.

Os empresários aprovaram a ideia e sugeriram ao prefeito que, aos sábados, todos os módulos regionais pudessem abrir as portas. Pela proposta da prefeitura, três módulos abririam na data.

Categorias: Destaques Goiânia
Domingos Ketelbey: