Uma pesquisa realizada pela Human Animal Bond Research Institute (HABRI), mostra que 80% dos tutores de pets dizem que seu animal de estimação os fazem sentir menos solitários. Esta descoberta também foi apoiada por estudos que concluíram que a terapia assistida por animais reduz a solidão em idosos que residem em asilos. Na foto, você vê Balu no Palácio das Esmeraldas. Ela é cuidada pelo governador Ronaldo Caiado.
De acordo com Natália Lopes, médica-veterinária e gerente de Comunicação e Assuntos Científicos da Royal Canin Brasil, milhões de pessoas ao redor do mundo sofrem de solidão e isolamento social antes mesmo da pandemia da Covid-19.
“As pesquisas sugerem que ter ou interagir com animais de estimação impactam positivamente a saúde mental e física de pessoas de todas as idades, reduzindo estresse, medo, fadiga e tristeza”, comenta Natália.
Conforme um estudo publicado no jornal Circulation: Cardiovascular Quality and Outcomes, realizado pela Universidade de Toronto, no Canadá, em parceria com a Escola de Medicina de Mount Sinai (EUA), avalia que conviver com cães pode reduzir a mortalidade, principalmente por causas cardiovasculares. Já sobre a companhia dos felinos, outro estudo realizado por pesquisadores da Universidade do Estado de Washington, nos Estados Unidos, publicado na revista Anrhrozoös, revela que a interação com os gatos contribui para reduzir o estresse.
Ao fazer carinho em um pet, o córtex pré-frontal humano (responsável, por exemplo, pelo gerenciamento das emoções e das interações sociais) responde positivamente, conforme relata o estudo feito por pesquisadores da Universidade de Basel, na Suíça.
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“A interação humano-animal desenvolve consciência social, criando habilidades de relacionamento que aprimoram a capacidade de interação com as pessoas. Tutores frequentemente relatam que conheceram pessoas e fizeram amigos durante os passeios com seus pets. Os adolescentes, por exemplo, demonstram satisfação na companhia dos animais por estarem sempre em busca de amor e de apoio, além de auxiliar na redução de conflitos com seus irmãos”, ressalta a veterinária.
Ter um animal de estimação pode ajudar a saúde do coração
De acordo com o resultado do estudo publicado no periódico Scientific Reports, o risco de desenvolver doenças cardíacas e até mortalidade por causa de problemas no coração é menor entre tutores de cães. Adultos que possuem um animal de estimação têm respostas fisiológicas mais saudáveis em relação ao estresse, incluindo menor frequência cardíaca e pressão arterial basal.
Pets podem ajudar crianças e estudantes a lidarem com o estresse. As crianças também possuem diversos ganhos a partir desta relação, tais como: o desenvolvimento do senso de responsabilidade e o comportamento carinhoso, associado ao apego animal. Cães que atuam em terapias assistidas podem ajudar a aumentar a atenção e a memória dos estudantes e ajudá-los a enfrentar o estresse.
Existem várias maneiras pelas quais os pets, especialmente os cães, podem ajudar na saúde do coração. Aqui estão algumas delas:
- Redução do estresse: estudos mostram que a presença de um animal de estimação pode ajudar a reduzir o estresse, diminuindo os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, no organismo. Além disso, o ato de acariciar ou interagir com um animal de estimação pode ajudar a relaxar e a reduzir a ansiedade.
- Aumento da atividade física: os cães precisam de exercícios diários, como caminhadas, corridas e brincadeiras, o que incentiva seus donos a se exercitarem também. A atividade física regular pode ajudar a reduzir a pressão arterial, melhorar a circulação sanguínea e prevenir doenças cardíacas.
- Melhoria da saúde mental: ter um animal de estimação pode ajudar a melhorar a saúde mental, reduzindo o risco de depressão, ansiedade e solidão, que são fatores de risco para doenças cardíacas.
- Redução da pressão arterial: estudos mostram que a interação com animais de estimação, especialmente cães, pode ajudar a reduzir a pressão arterial em pessoas com hipertensão arterial. Essa redução da pressão arterial pode diminuir o risco de doenças cardíacas.
- Melhoria da qualidade de vida: ter um animal de estimação pode trazer alegria, companhia e um senso de propósito e significado na vida, melhorando a qualidade de vida geral. Isso pode ajudar a reduzir o estresse e a ansiedade, diminuindo o risco de doenças cardíacas.
Em resumo, os pets, especialmente os cães, podem ajudar na saúde do coração, reduzindo o estresse, aumentando a atividade física, melhorando a saúde mental, reduzindo a pressão arterial e melhorando a qualidade de vida geral.
Gatos e cães são ótimas companhias para idosos
Os animais de estimação, especialmente os cães, podem ajudar os idosos a lidar com a solidão, a depressão e o estresse de várias maneiras. Aqui estão algumas das principais:
- Companhia constante: os animais de estimação, em especial os cães, podem oferecer companhia constante aos idosos, preenchendo o vazio deixado pela falta de interação social com outras pessoas. A presença do animal pode ajudar a diminuir a sensação de isolamento e solidão, melhorando o humor e a qualidade de vida dos idosos.
- Estímulo social: os cães são animais sociais que, muitas vezes, são atraídos pelas interações com outras pessoas. Isso pode ajudar a atrair a atenção e o interesse de outras pessoas, incentivando os idosos a se socializarem mais e aumentando sua autoestima.
- Estímulo físico: os cães exigem atividade física, como caminhadas e brincadeiras. Os idosos que têm cães como animais de estimação são motivados a se exercitarem mais e a se moverem, o que pode melhorar a sua saúde física e reduzir o estresse.
- Redução do estresse: estudos mostram que a simples presença de um animal de estimação pode ajudar a reduzir o estresse, diminuindo os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, no organismo. Além disso, o ato de acariciar ou interagir com um animal de estimação pode ajudar a relaxar e a reduzir a ansiedade.
- Aumento da autoestima: a presença de um animal de estimação pode ajudar os idosos a se sentirem mais valorizados e importantes. O cuidado com um animal de estimação pode aumentar a autoestima e a sensação de autoeficácia, além de fornecer um senso de propósito e significado na vida.