Destaques • atualizado em 30/05/2017 às 10:27

Negócios colaborativos

Igor Seabra, empresário
Igor Seabra, empresário

Por Igor Sebba (*)


A venda tornou-se hoje um dos mais valiosos ativos das corporações porque dela depende a entrada de recursos necessários para sua sobrevivência. Numa sociedade cada vez mais conectada que está empoderando as pessoas, a recomendação pessoal de um produto ou serviço exerce grande influência  no momento de decisão de compra, especialmente se parte de quem parte de seu grupo de convivência.

Esse é o contexto do crescimento do marketing de relacionamento no mundo, um negócio que alia a venda direta com a formação de redes de empreendedores.  Só no ano de 2015, a modalidade movimentou mais de 180 bilhões de dólares e tem o Brasil como o sexto no ranking dos que mais a praticam. Hoje, são mais de quatro milhões brasileiros trabalhando no setor e  há espaço para chegar a 20 milhões, especialmente por sua cultura alegre e receptiva à convivência.  

Marcas de cosméticos, programas de emagrecimento, utilidades domésticas estão aderindo ao marketing de relacionamento, que ainda é alvo de preconceitos, mas que vem provando solidez com seus números e revelando-se inclusive como um estilo de trabalho bastante almejado pelas empresas convencionais. Como os operadores também ganham com o resultado de venda de sua rede, o foco do trabalho de cada dia deixa de ser o resultado individual, mas do grupo. Sai de cena a competitividade para dar lugar à colaboração, à proatividade e à liderança mentora, que promove o desenvolvimento de todos. A possibilidade de crescimento proporcional ao esforço leva-os a desenvolver o espírito empreendedor e a fidelidade ao negócio.

Por aqui, o  marketing de relacionamento vem encontrando, inclusive, sinergia no atual mercado de trabalho, em que o desemprego alcança 13 milhões de pessoas em idade produtiva. Trata-se de uma modalidade inclusiva e com grande impacto social, que permite a entrada para pessoas de todas as camadas sociais e também permite que toda a família envolva-se no negócio. Também pode ser encarado como um trabalho complementar ou uma maneira de começar um próprio negócio.

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O trabalho simples, mas não é fácil, por isso mesmo 80% desistem no primeiro ano. Exige de cada integrante o desenvolvimento de uma mentalidade empreendedora, que envolve organização, rotinas, metas, persistência, treino e a consciência do conceito real de venda, que é a habilidade de ajudar o consumidor a tomar decisões de compra que gerem benefícios para ele mesmo.


Igor Sebba é empresário, diretor da Piatan Natural


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