A Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP) divulgou o primeiro balanço da Operação Guardião, lançada na madrugada desta segunda-feira (31/10), que colocou mais 1.500 policiais nas ruas de Goiânia e cidades vizinhas no policiamento. Só neste primeiro dia, foram apreendidos três veículos, 58 quilos de drogas, três armas de fogo e quatro carteiras de habilitação. A polícia recuperou dois veículos roubados. Também foram lavrados 22 autos de infração e dois Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCOs) por desobediência e posse de entorpecente. Foram abordadas 2.381 pessoas, 859 motos e 254 carros.
Já as ações da Polícia Civil resultaram no cumprimento de três mandados de busca e apreensão de uma arma de fogo e um veículo adulterado. Três estabelecimentos comerciais foram vistoriados e dois deles autuados pela venda de produtos impróprios para o consumo. A PC também esteve presente em bloqueios montados pelas forças de segurança.
A operação, sem data para o encerramento, faz parte de um conjunto de estratégias elaborado pela área de inteligência e de ações integradas, com apoio de cada uma das forças policiais. O objetivo primordial é combater o tráfico de drogas, o comércio ilegal de veículos e de armas, inicialmente em Goiânia e Região Metropolitana. São 1,5 mil integrantes da PM em 300 viaturas, 280 da Polícia Civil e, mais Corpo de Bombeiros, Polícia Técnico-Científica, Procon-GO e Superintendência de Administração Penitenciária.
A integração das forças policiais faz parte da política implementada pelo vice-governador e secretário de Segurança Pública e Administração Penitenciária, José Eliton, que, além dos esforços comuns no combate à criminalidade, defende investimentos também nos serviços de inteligência com a finalidade de antecipar às ações delituosas.
Presente no lançamento da operação – ocorrida na Academia da Polícia Militar –, Eliton, acompanhado do superintendente executivo da pasta, coronel Edson Costa, reforçou a confiança nas políticas de segurança adotadas pelo governo do Estado e também no compromisso e dedicação dos policiais goianos. “Os resultados do 10º Anuário de Segurança Pública, divulgados na semana passada, já dão conta das quedas, principalmente, nos casos de homicídios e demais crimes contra a vida e aos patrimônios públicos e privados. Isso graças ao empenho dos homens e mulheres que fazem com que a as forças policiais goianas sejam reconhecidas em todo o Brasil”, disse.
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O secretário de Segurança ainda afirmou que “é hora de mostrarmos o nível de excelência das forças de segurança”, afirma ao reforçar que as “as polícias goianas fazem sua parte”. Salienta que há projeção de redução de 35% no crime de homicídio em Goiás e que, em Goiânia, a queda em 2016 chegará a cerca de 40% em relação ao ano passado. “Esta operação faz parte de um conjunto estratégico de atividades que visa o combate ao tráfico de drogas”.
Mapeamento
Durante a reunião, o comandante-geral da PMGO, coronel Divino Alves afirmou que as ações das forças de segurança durante a Operação Guardião são norteadas pelo mapeamento das chamadas “zonas quentes”, que apontam para locais de maior incidência de criminalidade. “Todo o aparato de segurança trabalha para diminuir ainda mais os crimes em Goiânia e demais regiões do estado”, afirmou.
O coronel disse que um dos objetivos da operação é a atuação preventiva e ostensiva, com a realização de bloqueios em pontos estratégicos da Capital e região metropolitana, abordagens a veículos e pessoas em atitude suspeita. O comandante informa, ainda, que todas as forças especiais da PMGO participam da operação, a exemplo do Grupo de Radiopatrulha Aérea (GRAer), Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam), Batalhão de Polícia Militar de Choque (BPMChoque), Batalhão de Polícia Militar Rodoviária (BPMRv), Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMAmb) e Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE).
O delegado-geral da Polícia Civil, Álvaro Cássio, reafirmou o compromisso de continuar trabalhando na garantia da tranquilidade e paz social para a população. “A Polícia Civil fará a sua parte, como tem feito até agora. Estamos no caminho certo”, relatou ao enfatizar, por exemplo, os cumprimentos de mandados que serão cumpridos por agentes, delegados e escrivães.
A participação da Polícia Civil esteve concentrada na produção de informações, bem como elementos de averiguação, no reforço ao caráter repressivo para aquelas condutas comprovadamente ilícitas. As esquipes receberam a incumbência de realizar tanto trabalhos ostensivos na abordagem a pessoas em atitude suspeita quanto de investigação e levantamento de dados.
Presente no lançamento da operação, o subcomandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (CBMGO), Divino Aparecido de Melo, falou da importância das ações conjuntas em operações que visam a garantia de segurança à população.
De acordo com a superintendente da Polícia Técnico-Científica, Rejane Barcelos, os agentes da SPTC atuarão de forma conjunta com a finalidade de fortalecer as provas materiais e, assim, garantir que criminosos paguem pelos crimes. “Fundamentar as evidências criminais é a garantia de que criminosos estarão fora do convívio social e, com isso, não cometam novos crimes”, relatou.
Fiscalização
A superintendente de Proteção aos Direitos do Consumidor (Procon-GO), Darlene Araújo, afirma que a rotina de fiscalização será ainda mais intensificada. “Daremos uma atenção especial a comércios e, principalmente, aos postos de combustíveis. Resultados são sempre melhores quando trabalhamos juntos”, disse, ao lembrar de outras operações integradas.
O superintendente executivo de Administração Penitenciária, Coronel Victor Dragalzew, afirmou que ações são desenvolvidas em diversas unidades prisionais, no sentido de reprimir ações delituosas de dentro dos presídios. A Seap continuará com esse trabalho em todas as regiões do Estado”, pontuou.
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