Destaques • atualizado em 06/10/2021 às 22:36

Henrique Meirelles diz que preço do combustível é de responsabilidade do governo federal

(Foto:Valter Campanato/Agência Brasil)
(Foto:Valter Campanato/Agência Brasil)

A alta no preço dos combustíveis vem sendo discutido por líderes partidários em Brasília. Na última segunda-feira (4), foi discutido na Câmara proposta sobre cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, o ICMS (tributo estadual) que permitirá a redução do preço da gasolina em 8%; do etanol em 7%; e do diesel em 3,7%. Portanto, Henrique Meirelles, atual secretário da Fazenda de São Paulo disse, em entrevista a GloboNews disse que, ”o preço do combustível é de responsabilidade do governo federal.”

Em sua conta no Twitter, Meirelles disse: ”O fato é que o preço do combustível tem um componente internacional – que é o preço do barril de Petróleo. Em cima disso, a Petrobrás industrializa o produto, tem sua margem de lucro e são cobrados os impostos federais como PIS/ Cofins e IPI”, publicou Meirelles.

Ele explica que o ICMS vem muito depois disso. ”Percebem que é o único componente estadual [ICMS] na formação dos preços dos combustíveis”, disse.

Meirelles disse que quando foi ministro, ele propôs um fundo de estabilização baseados em impostos federais. ”Isso porque jamais me ocorreria, ou a ninguém com uma certa compreensão de como funciona essa precificação, tentar passar essa conta para os estados”.

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De acordo com o secretário da Fazenda de São Paulo, os governos estaduais são o elo com o menor poder arrecadatório nessa questão. ”E estão na frente de combate da prestação de serviços ao cidadão: saúde, educação, segurança, tudo isso está sob a responsabilidade do estado”, afirma.

Meirelles ainda reafirma. ”Para estabilizar esse preço, não faz sentido jogar para o elo mais frágil, que são os estados. Cabe ao governo federal resolver esse problema”, finaliza.

Candidatura de Henrique Meirelles

Henrique Meirelles confirmou também suas redes sociais que deve concorrer às eleições de 2022. Na última terça-feira (5), Meirelles usou seu Twitter para anunciar sua candidatura.

Ex-ministro da Economia, ex-candidato à presidência da República em 2018 e atualmente secretário de Fazenda do governo de São Paulo, Henrique Meirelles confirmou em suas redes sociais que deve concorrer às eleições de 2022.

“Serei candidato ao Senado por Goiás em qualquer circunstância”, prometeu o economista, que também foi presidente do Banco Central durante o governo Lula.

“Quando aceitei assumir a presidência do Banco Central, em 2002, eu pude fazer muito mais por Goiás do que teria feito, se permanecesse como deputado federal. Foram 350 mil empregos criados no estado. Foram investimentos, crescimento econômico para Goiás no período”, disse.

Meirelles destacou ainda que “o que interessa quando se olha o trabalho de uma pessoa em uma função pública não é o cargo”. “É ver qual o benefício que ele leva para a população, onde quer que esteja”, pontuou.

Agenda em Goiás

Buscando pavimentar sua pré-candidatura ao Senado Federal, o ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles deu início a uma série de visitas presenciais em solo goiano.

Além da capital, Henrique Meirelles irá iniciar uma série de viagens ao interior de Goiás intensificando de vez a agenda e se aproximando de municípios onde pode conseguir apoio de prefeitos. Para sacramentar a disposição na pré-candidatura, o blog também apurou que o ex-ministro vai abrir escritório político em Goiânia onde receberá lideranças políticas e terá porta aberta para também se aproximar do eleitor.

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