Destaques • atualizado em 22/01/2021 às 22:53

Em reunião com Caiado, Rogério Cruz começa a “descascar abacaxi” do transporte coletivo

Às vésperas de encerrar 2020, o transporte coletivo na Região Metropolitana entrou em colapso e as empresas passaram um final de semana sem operar. No dia que anunciaram a paralisação, Iris Rezende (MDB) prestes a entregar o cargo, disse que seu sucessor teria um “abacaxi para descascar”. Pois bem, o atual mandatário goianiense Rogério Cruz (Republicanos) teve, nesta sexta-feira (22/01) a primeira reunião com o Governo do Estado para discutir uma possível adesão ao Plano Emergencial do Transporte Coletivo.

O Plano de Socorro foi pactuado entre o Estado, Ministério Público e as operadoras do serviço em meados de maio do ano passado e é um dos pedidos das empresas para que o transporte coletivo possa continuar sobrevivendo. Na prática, o “abacaxi” que Iris citou, foi colocado à mesa para ser descascado. Ainda haverá novas reuniões para que se encontre um consenso. 

Em coletiva após a reunião, Cruz reforçou que o Paço pagará o auxílio ao setor, que vive grave crise financeira e registra um déficit operacional já superior a R$ 75 milhões desde março. Contudo, a prefeitura de Goiânia tem algumas ponderações sobre o texto em vigor.

O prefeito reforçou que não houve nenhuma decisão e reforçou que é desejo de Goiânia que os usuários paguem a tarifa do transporte coletivo por quilômetro rodado. “Não que seja esse o modelo, mas é um desejo”, disse. “O modelo começa a ser discutido a partir do momento que os técnicos do estado, município, MP e prefeitos da Região Metropolitana decidirem. O desejo de Goiânia é que todas estejam dentro desse processo”, completou.

Cruz reiterou que a tarifa, em 2021, não sofrerá reajuste. “A população não pode pagar um preço injusto”, afirmou, lembrando que conversou com representantes das empresas para manter o preço da passagem como está até que o serviço ofereça melhores condições.

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O secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, lembrou que o governo estadual já contribui com a ajuda emergencial desde o ano passado e repassou cerca de R$ 10 milhões às empresas. Pelo acordo, o Estado contribui com 17,5% dos custos do transporte. A capital, pelo texto atual, paga mais de 40%.

“Agora Goiânia se propôs a aderir ao plano, com algumas sugestões. Serão necessárias mais duas ou três reuniões, mas de forma que durante a semana que vem cheguemos a um acordo e os municípios possam entrar na ajuda emergencial”, destaca.

Pelo peso que têm no orçamento, governo estadual e prefeitura, explica Rocha Lima, tomam a frente para analisar as contas e oferecer aos demais municípios uma proposta viável para a divisão dos custos.


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