O presidente da Fundação Ulysses Guimarães, Ênio Salviano disse, que a consulta do emedebista Daniel Vilela fez sobre aliança com governador Ronaldo Caiado, é nula.
Em entrevista ao jornal Diário de Goiás, Ênio disse que não há procedimento formal instaurado e, portanto, os atos de Vilela nessa seara são inválidos, uma vez que o processo deve ser conduzido pelo secretário-geral do partido, deputado Paulo Cézar Martins. O presidente, que expressou na última sexta-feira (10) apoio ao prefeito Gustavo Mendanha como candidato do MDB ao governo, também diz que todos os filiados devem ter direito a manifestar antes que a legenda formalize posição.
“No estatuto está escrito que compete ao secretário-geral do partido organizar as convenções, prévias e consultas. O partido deve oportunizar seus filiados. A garantia do direito à divergência também é uma norma estatutária do MDB. A única coisa que é obrigatória é que, depois que o partido se manifestar oficialmente em convenção, houver deliberação, aí os contrariados devem seguir a deliberação do partido”, disse.
Salviano também explicou os passos que devem ser tomados, de acordo com o estatuto emedebista, e reafirmou que Gustavo Mendanha deverá apresentar ainda este mês a pretensão oficial de ser o candidato da sigla ao Palácio das Esmeraldas.
Ênio explica que, se o partido optar por deliberar, é o secretário-geral que deve conduzir essa consulta. ”No nosso caso específico é o deputado estadual Paulo Cezar Martins, que não tem exercido plenamente sua autoridade como secretário”, afirmou.
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Em ponto de vista jurídico, Ênio explica que, oficialmente, em termos estatutários, não existe consulta. Existe um movimento pessoal do presidente por sua própria conta e risco. ”Não existe um procedimento estabelecido e formal de consulta. Isso é, no máximo, uma usurpação de poder da Secretaria-Geral que está sendo conduzida de forma aleatória e extra-estatutariamente”.
De acordo com Salviano, Gustavo Mendanha vai se manifestar de forma oficial a pretensão dele de ser o indicado do MDB para concorrer ao cargo de governador. ”Haverá um documento protocolado na Secretaria-Geral do partido informando essa pretensão. O dia não está bem definido. No dia 16, às 10h, vamos reunir a Fundação Ulysses Guimarães no diretório estadual e é o lançamento, no estado, do plano Todos por um Só Brasil”.
”O MDB está demonstrando que o sangue ainda corre e o coração ainda bate aqui em Goiás. Não temos a opção, na nossa corrente, de se cooptar e ser subalterno do governo Caiado”, completa Ênio.