Após derrota à Presidência da República nas eleições de 2022, ficando em quarto lugar, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) afirmou, em vídeo publicado nesta terça-feira (4), que acompanha a decisão de seu partido em apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa do segundo turno contra Jair Bolsonaro (PL).
“Eu gravo este vídeo para dizer que acompanho a decisão de meu partido, o PDT”, afirmou sem mencionar o nome de Lula. Frente às circunstâncias, é a última saída. Lamento que a vida democrática tenha se afunilado a tal ponto que reste para os brasileiros duas opções, a meu ver, insatisfatórias”, disse.
Durante as campanhas eleitorais, Ciro Gomes escalou os ataques contra o ex-presidente Lula, incluindo a corrupção em um dos pilares de seu discurso. Gomes chegou a chamar o petista de ”corrupto” e ”fascistóide”.
De acordo com Ciro, ele não irá ocupar cargos em eventual governo petista. “Pelo Brasil, minha luta e a do PDT seguirão sempre firmes. Não aceitaremos imposições ou cabrestos de quem quer que seja. Adianto que não pleiteio e nem aceitarei qualquer cargo em eventual futuro governo. Quero estar livre, ao lado da sociedade, em especial da juventude, lutando por transformações profundas”, ressalta.
“Espero que essa decisão ajude a oxigenar, temporariamente que seja, a nossa democracia, mas, se não houver a busca efetiva de novos ares, de novos instrumentos, estaremos à mercê de um respirador artificial frágil e precário, limitadíssimo no tempo e no espaço”, finaliza.