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Caso Sophia: Laudo de necropsia confirma estupro de menina de 2 anos, abusada por padrasto

Sophia tinha apenas 2 anos. (Foto: reprodução/Twitter)

Justiça impediu pai gay de ficar com criança, que morreu no último dia 26 de janeiro

O caso Sophia, um dos crimes mais chocantes dos últimos meses no Brasil, envolvendo uma criança de 2 anos que morreu em Campo Grande, MS, e que tem deixado as pessoas revoltadas, ganhou mais uma triste informação. Foi concluído na última sexta-feira (3), que o laudo de necropsia do corpo da menina e emitido pelo Instituto de Medicina e Odontologia Legal (IMOL), apontou que a causa da morte foi por traumatismo na coluna cervical, além de ter sido confirmado um estupro.

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Sophia morreu no último dia 26 de janeiro, depois de uma incessante batalha do pai na Justiça, para que ela ficasse com ele. Porém, o tribunal não deixou e decidiu por dar a guarda para a mãe e o padrasto, que abusavam e espancavam ela. Vale lembrar que o pai da criança era gay e tinha um marido, o que fomentou críticas e suspeitas de os profissionais terem agido, supostamente, de forma homofóbica.

Sobre o caso completa, a criança faleceu por conta de espancamentos constantes e abusos, de acordo com a polícia, no dia 26 de janeiro. Na data, Stephanie de Jesus, a mãe de Sophia de Jesus, deu entrada em uma UPA de Campo Grande, MS, com a pequena em seus braços, dizendo que ela estava passando muito mal, mas ela já estava em óbito.

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Ainda de acordo com as autoridades, quando atendida, Sophia tinha hematomas nas costas, na boca, sangramento no nariz e abdômen inchado. Para investigar a situação, a polícia chegou até a residência da família – a criança vivia com a mãe e com o padrasto, Christian Leitheim – que moravam na região norte de Campo Grande. Foi constatada uma situação deplorável e de abandono visível do local.

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Após a constatação do local e suspeitas, Stephanie e Christian, foram presos em flagrante no dia 28 de janeiro deste ano. Eles são acusados pelo crime de homicídio qualificado por motivo fútil. Ambos estavam em prisão temporária, que foi convertida para preventiva.

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Christian foi levado para a Penitenciária Estadual Masculina de Regime Fechado da Gameleira, e Stephanie foi transferida para um presídio no interior do estado.

A morte de Sophia foi identificada pelo IML como sendo causada por um “trauma na coluna cervical, que evoluiu para o acúmulo de sangue entre o pulmão e a parede torácica”. O inchaço no abdômen da menina era devido a uma hemorragia interna. Ela foi enterrada também no dia 28 de janeiro.

Para o pai biológico de Sophia, Jean Carlos, e seu companheiro, Igor de Andrade, houve omissão das autoridades na condução do caso. “A gente ia até a delegacia e não informavam nada pra gente, não davam atenção pelo fato de ser um pai e seu companheiro”, disse.

O pai lembrou que a criança chegou a ser atendida 30 vezes em postos de saúde, antes de morrer. Um número alarmante, que destaca a negligência não só familiar, mas também do sistema que deveria protegê-la. O caso segue em investigação.

Carlos Nathan: