A CAIXA anunciou, nesta quinta-feira (15), que o seu Conselho de Administração aprovou o pagamento de R$ 7,35 bilhões à União. Os valores se referem aos Instrumentos Híbridos de Capital e Dívida (IHCD) e, somados aos R$ 3 bilhões já pagos em junho, devem gerar uma economia para a CAIXA da ordem de R$ 2 bilhões ao ano.
Até o final de 2019 a meta do banco é pagar mais R$ 10 bilhões, a depender do resultado do exercício e de operações em estudos pela CAIXA, como a emissão de Letras Financeiras elegíveis a capital.
Com essa aprovação, a matéria seguirá para apreciação do Banco Central do Brasil, responsável por autorizar essa operação, já que esses recursos compõem o capital da CAIXA.
O saldo de IHCD soma, atualmente, R$ 40,2 bilhões. “Temos muita tranquilidade em fazer o pagamento por causa do forte resultado da CAIXA. Entre os grandes, somos o banco com maior Índice de Basileia, ou seja, sobra de capital”, explica do presidente da CAIXA, Pedro Guimarães.
O presidente explicou ainda que o pagamento foi aprovado considerando apenas o resultado do primeiro semestre.
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“Temos a confiança de que é possível, com base no resultado recorrente e de operações em estudos pela CAIXA, como a emissão de Letras Financeiras subordinadas, pagar mais R$ 10 bilhões até o fim deste ano. A depender do resultado não recorrente, há possibilidade de antecipar esse pagamento”, explica Guimarães. O plano da CAIXA é que o pagamento dos demais R$ 20 bilhões ocorra até 2021.
A devolução do IHCD significa uma economia direta para a CAIXA. O custo dessa dívida neste ano deve superar 18%, ou seja, quase três vezes a Selic, a taxa básica de juros da economia.
“As medidas de governança permitiram esse resultado. E o mais importante, são valores que voltam para a União e, por consequência, para sociedade”, completa Pedro Guimarães.