Destaques • atualizado em 15/04/2023 às 14:32

Bolsonaro tem 10 dias para ser ouvido em inquérito que investiga autores dos ataques de 8 de janeiro

Desde quando chegou no Brasil, no último dia 30 de março, Bolsonaro segue sem muitas aparições públicas. (Foto: reprodução)
Desde quando chegou no Brasil, no último dia 30 de março, Bolsonaro segue sem muitas aparições públicas. (Foto: reprodução)

Pedido foi feito pela PGR após conduta praticada pelo ex-presidente, que “falou demais”, no dia 10 de janeiro

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes já determinou que à Polícia Federal que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seja uma das pessoas a depor no inquérito que investiga os autores dos ataques de 8 de janeiro, ele tem prazo de dez dias. O pedido feito pela PGR (Procuradoria-Geral da República), e aceito nesta sexta-feira (14), tem como justificativa a conduta praticada pelo ex-mandatário no dia 10 de janeiro, em que ele “incitou a perpetração de crimes contra o Estado de Direito”.

Para quem não lembra, apenas dois dias após os ataques e 8 de janeiro, Bolsonaro compartilhou um vídeo em suas redes sociais onde falava mentiras sobre as eleições de 2022. A gravidade era tanta que ele apagou o conteúdo poucos minutos depois. A postagem contava com um homem identificado como Dr. Felipe Gimenez atacando a lisura das urnas eletrônicas, indicando que seria muito fácil mudar resultados de eleições.

Ainda acompanhando o vídeo, a publicação de Bolsonaro dizia que “Lula não foi eleito pelo povo. Ele foi escolhido e eleito pelo STF e TSE”. Em resposta, a que pede que o ex-presidente seja ouvido pela PF, a Procuradoria sugeriu a aplicação da tipificação do artigo 286 do Código Penal, que fala sobre quem incita, publicamente, a prática de crime. A pena para esse delito é de detenção de três a seis meses ou multa.

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