Destaques • atualizado em 31/07/2021 às 18:51

Bolsonaristas vão as ruas neste domingo (1) em manifestação pelo voto impresso

Manifestação a favor do voto impresso acontecerá neste domingo (1). (Foto: Altair Tavares)
Manifestação a favor do voto impresso acontecerá neste domingo (1). (Foto: Altair Tavares)

Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, estão movimentando as redes sociais convocando bolsonaristas a participarem da manifestação pelo voto impresso nas eleições de 2022, no próximo domingo (1), em várias capitais brasileiras. A manifestação conta com apoio de políticos como as deputadas Bia Kicis (PSL-DF) e Carla Zampeli (PSL-SP). 

O voto impresso levanta várias questões atualmente. No início de julho, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou que é falso que o sistema de totalização de votos do TSE não pode ser auditado. O voto impresso vem sendo uma bandeira defendida pelo presidente Bolsonaro que já deu várias declarações que há fraude no sistema eleitoral atual, com a urna eletrônica. Em 2019, numa viagem aos EUA, o presidente havia dito que tinha provas de que as urnas foram fraudadas em 2018 e que ele teria vencido a eleição no primeiro turno contra o petista Fernando Haddad.

Na semana passada, em live, Bolsonaro afirmou que ” voto impresso auditável e contagem pública dos votos é um instrumento de cidadania e paz social, garantia de paz e prosperidade, de harmonia entre os poderes”. O ministro da justiça, Anderson Torres, afirmou que um grupo de peritos da PRF se manifestou a favor da impressão dos votos como ” um elemento de auditoria não eletrônico”.

Já na última quinta-feira (29) o presidente Bolsonaro admitiu, através de uma nova live realizada por ele no Youtube, que não tem provas para afirmar que haja risco de fraude no sistema atual de urnas eletrônicas, ou que as últimas eleições realizadas no país tenham sido fraudadas.

https://youtu.be/C_FLKQi6qbE
Live do presidente Jair Bolsonaro na última quinta-feira (29) pelo Youtube

”Os que me acusam de não apresentar provas, eu devolvo a acusação. Apresente provas de que ele não é fraudável”, declarou Bolsonaro. Minutos depois, o presidente disse que ”não tem como se comprovar que as eleições não foram ou foram fraudadas”. Em outro momento, Bolsonaro diz, ”não temos provas, vou deixar bem claro, mas indícios que eleições para senadores e deputados podem ocorrer a mesma coisa. Por que não?”, questiona.

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Ao fim da live, o governo informou tratar-se de Eduardo Gomes da Silva, coronel do Exército e ex-assessor especial do ministro Luiz Eduardo Ramos na Casa Civil. Segundo Bolsonaro, o coronel hoje trabalha justamente na Secretaria de Comunicação.

Críticas ao ministro Barroso

Em vários momentos da transmissão, o presidente voltou a fazer críticas ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, que é contrário à adoção do voto impresso.

Sem provas, Bolsonaro disse que o magistrado quer “manter a suspeição das eleições” e levantou suspeitas de que Barroso teria atuado junto a parlamentares para tentar barrar o avanço da PEC do voto impresso na Câmara.

Além de exibir as notícias e vídeos falsos, de atacar o TSE e os governos petistas, o presidente criticou o trabalho da imprensa que, nas palavras do presidente, leva ao “envenenamento” da população. Ele também fez críticas às pesquisas eleitorais sobre a eleições de 2022, que apontam Lula com altos percentuais de intenção de voto.

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