O presidente da República, Jair Bolsonaro, elogiou nesta terça-feira, 28, declarações do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sobre a alta dos combustíveis. Em evento para entrega de moradias em Teotônio Vilela (AL), com participação do ex-presidente e hoje senador Fernando Collor (Pros-AL), Bolsonaro disse que o apoio de Lira, também presente na solenidade, ao projeto para fixar o valor do ICMS incidente sobre combustíveis trouxe a ele “um pouco de alento”.
“Fiquei muito feliz de ouvir de Lira que a Câmara deve colocar em votação nesta semana a questão dos impostos estaduais”, declarou o presidente, que chamou, em seguida, a alta de “o problema do dia”.
Nesta terça, a Petrobras reajustou o valor do óleo diesel em suas refinarias em R$ 0,25 por litro, alta de 8,9%. “Peço a Deus que ilumine os parlamentares para que aprovem projeto (do ICMS)“, acrescentou.
Em busca de votos para as pautas do governo, o presidente, fez, em seguida, elogios ao Congresso: “Nosso Parlamento tem contribuição importante nas entregas que fazemos pelo Brasil.”
Antes de Jair Bolsonaro, o presidente da Câmara discursou no evento, jogou a culpa do aumento dos combustíveis em governadores e defendeu a revisão do ICMS cobrado por Estados. “Governadores têm que dar sua cota de sacrifício. Estão arrecadando muito nesse momento de pandemia”, disse.
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Projeto para moderação das redes sociais
Jair Bolsonaro está em tour pelo Brasil nesta semana que marca os mil dias de gestão. Na cerimônia do período da tarde desta terça, além de comentar a questão dos combustíveis, ele disse ter certeza de que o projeto apresentado pelo governo para moderar conteúdos falsos nas redes sociais será aprovado.
A proposta, que, segundo especialistas, pode dificultar o combate às fake news, foi apresentada após o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), devolver uma medida provisória (MP) de teor semelhante. “Não podemos viver se não tivermos liberdade garantida”, afirmou Bolsonaro, para quem as notícias falsas são um problema menor e, por isso, não deveriam ser regulamentadas.
Atos de 7 de Setembro
Num novo aceno para a base mais radicalizada, o presidente também voltou a elogiar os atos de 7 de Setembro, marcados por pautas antidemocráticas e ameaças ao Supremo Tribunal Federal (STF), fato que ampliou a crise entre os Poderes. “Foi um movimento nunca visto nessa dimensão em nossa Pátria”, declarou.
Contudo, manifestações anteriores, como as que pediram em 2016 o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, levaram mais gente às ruas.
Por Eduardo Gayer – Estadão Conteúdo
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