A vacinação contra a Covid-19 em adolescentes de 12 a 17 anos deve ser realizada em Goiás somente após o mês de setembro, quando o governo estadual espera ter finalizado toda imunização da população adulta. Atualmente, o estado está alinhando com o Programa Nacional de Imunização (PNI) apesar de analisar essa possiblidade, sinaliza de forma positiva para a imunização do grupo. A prioridade será dada para quem tem comorbidades e deficientes.
Flávia Amorim, superintendente de Vigilância em Saúde, da Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) explica que, ”é uma perspectiva bem palpável e deve acontecer respitando a ordem decrescente, dando prioridade, é claro, para as pessoas que estão em risco”.
Em nota, o Ministério da Saúde (MS) informou que a ampliação da vacinação para adolescentes de 18 anos ainda ” permanece em análise na Câmara Técnica Assessora em Imunização em Doenças Transmissíveis”. Porém, em reunião entre os governadores e a pasta, ocorrida no último dia 13, foi dada como uma possibilidade.
Em São Paulo, a vacinação entre pessoas de 12 a 17 anos foi anunciada no último dia 11 de julho e deve começar ser aplicada no dia 23 de agosto. A intenção do estado é concluir a imunização do grupo até o dia 30 de setembro. De acordo com informações do governo paulista, a inclusão de adolescentes se deve à aquisição de lotes extras de imunizante para atender a uma demanda de 3,2 milhões de pessoas.
Flúvia Amorim ainda reforça que apesar da vacinação dos adolescentes estar sob perspectiva, eles não fazem parte do grupo de risco da doença. ” É claro que a Covid-19 é uma doença muito dinâmica. Um exemplo são as gestantes: não eram um grupo de risco e acabaram se tornando. Entretanto, até gora, não temos sinais de mudanças na gravidade das crianças”, destaca Flúvia.
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Segundo o painel da Covid-19, em Goiás, apenas 10,66% de casos e 0,33% são de pessoas abaixo de 18 anos. As pessoas com até 17 anos apresentam 24,7% da população goiana. Segundo número da Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO), a população com idade entre 10 e 19 anos está estimada em um milhão de pessoas.
Desde o início da pandemia, o Estado registrou 40 óbitos nessa faixa etária. São cerca de 4 mortes a cada 100 mil habitantes, número muito inferior à mortalidade do estado de 289,5 vítimas a cada 100 mil habitantes.
Ainda segundo Flúvia, apesar de entender a necessidade e o desejo dos pais e até dos próprios adolescentes de serem vacinados, especialmente por conta do retorno das aulas presenciais em Goiás no dia 2 de agosto, a priorização das doses nos adultos, foi uma estratégia adotada ao redor de todo mundo.
” Eles (os adultos), são os mais afetados, principalmente os idosos. Se tivéssemos vacinas o suficientes, iríamos aplicar em todo mundo. Entretanto, precisamos priorizar por conta da escassez de doses”, explica Flúvia Amorim, superintendente de vigilância em saúde.
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