Destaques • atualizado em 03/04/2017 às 19:48

A salvação do PMDB (E de Temer)

Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, depositário das expectativas futuras do PMDB(Foto: Beto Barata/PR)
Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, depositário das expectativas futuras do PMDB(Foto: Beto Barata/PR)

A eleição para presidente do Brasil, em 2018, já começou. O ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) já avisou que, se Deus ajudar a oposição, ele não será candidato. No fundo, quis afirmar que é candidato a presidente. Aliados ao presidente Michel Temer (PMDB), PSDB e DEM tem a tradição de lançar candidatos, mas, agora, com o partido do presidente que está no poder, tende-se a uma aliança apenas de segundo turno. Coadjuvante em várias disputas, é hora de o PMDB mostrar-se na disputa. Mas, com quem?

O maior desejo dos peemedebistas está no início da recuperação econômica em 2017 e ampliação em 2018. O tempo é curtíssimo para que o eleitor perceba o ambiente econômico e consolide um desejo de continuidade. Afinal, a decisão do eleitor é muito simples: Ou continuar, ou mudar.

No curso dos dias, as defesas do governo de Temer para as reformas trabalhista e da previdência promove a acumulação de desgastes que impulsionam a avaliação do presidente cada vez mais para baixo. Os cidadãos brasileiros assimilaram a mudança na aposentadoria com uma ideia: Não há como aposentar com valores integrais antes de 50 anos de trabalho. O golpe foi duro. Só há um jeito de o eleitor esquecer, talvez: A recuperação da economia.

O ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela (PMDB), em entrevista ao Diário de Goiás, listou o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, como um nome que pode entrar para a disputa para presidente da República, representando o partido do presidente Temer. Ele retornaria ao PMDB, pois foi filiado ao partido, em 2009, e era um candidato a governador de Goiás que, na última hora, não deu certo. Iris Rezende, àquela época, foi o candidato derrotado por Marconi Perillo (PSDB).

Se Maguito for ouvido, Meirelles poderá contar com o apoio dele. O ministro aparece como única salvação do PMDB para disputar a presidência. No entanto, o nome dele está intrinsicamente ligado à recuperação econômica com ritmo acelerado. Hoje, na verdade, o ambiente ainda não permite qualquer segurança para o projeto.

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Sem um candidato competitivo, restará ao PMDB, após 2018, novamente, o papel de coadjuvante com alto poder de fogo conquistado com os votos que consegue na Câmara dos Deputados e Senado. Assim, foi com Lula e com Fernando Henrique Cardoso (PSDB) quando o partido aderiu ao governo para manter seus espaços de poder. Nisso, é preciso reconhecer a competência da legenda. Entra governo, sai governo, o PMDB está dentro.

O governo de Michel Temer, que depôs o governo Dilma Roussef em articulação muito eficiente (Do ponto de vista político e legal), na verdade, deu o melhor presente que Lula poderia ganhar: Ser oposição. Para enfrentar um nome com esse perfil, o PMDB, e aliados, terá que ter muito mais que um bom candidato. Terá que ser irretocável, sem vínculos com qualquer escândalo recente, que tenha provado competência na gestão da economia. Enfim, sobrou só Meirelles.


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