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Projetos apoiados pelo Governo de Goiás promovem inclusão e equidade, temas que ganham destaque no mês da Consciência Negra

Pesquisas financiadas por editais da Fapeg estimulam geração de renda a partir de produtos tradicionais e mapeamento de doenças para subsidiar políticas públicas direcionadas a populações quilombolas

A proximidade do Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, reforça a importância da luta pela igualdade racial e pela inclusão social. Em Goiás, o Governo do Estado, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), apoia projetos que fortalecem as comunidades negras e quilombolas. Editais abertos em diversas áreas buscam ampliar a participação de grupos historicamente marginalizados, além de promover oportunidades para o desenvolvimento científico e cultural.

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Entre os projetos apoiados pelo Governo de Goiás, via Fapeg, destaca-se a iniciativa “Farofa do Cerrado: Produto da Sociobiodiversidade”, que conta com a parceira da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza. Coordenado pelo professor de Agroecologia no Instituto Federal de Goiás (IFG), Diogo Souza Pinto, o projeto foi desenvolvido com comunidades quilombolas da Chapada dos Veadeiros e une inovação e saberes tradicionais para a criação de um produto alimentício sustentável.

“A ideia era desenvolver um produto que integrasse inovação e empreendedorismo social, proporcionando autonomia econômica para essas comunidades”, explica o professor. “A farofa é ideal para o turismo, sendo energética e fácil de conservar, com um sabor que carrega a identidade do Cerrado” continua ele, ao comemorar o sucesso do pré-lançamento do produto, realizado nas feiras de Cavalcante e Alto Paraíso. Em dezembro, o lançamento oficial ocorrerá em parceria com o Sítio Boca do Mato, e o produto estará disponível online para promover a economia local e o turismo sustentável na região.

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Saúde quilombola
Outro projeto de grande relevância é o convênio entre Fapeg e Universidade Federal de Goiás (UFG) que avalia as condições de saúde das comunidades quilombolas do estado. Conduzido pela Faculdade de Enfermagem da UFG, o estudo visa mapear a prevalência de doenças como hepatites, hanseníase e tuberculose, além de investigar o impacto da covid-19, saúde mental e outros fatores de risco nessas populações. Os focos são as comunidades dos municípios de Monte Alegre, Teresina de Goiás e Cavalcante.

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“Ao entender as particularidades destas comunidades, conseguimos fornecer dados qualificados que permitirão aos gestores públicos planejar ações de saúde mais precisas e eficazes para essas populações”, destacam os pesquisadores envolvidos no estudo. A iniciativa pretende entregar aos gestores de saúde informações detalhadas e baseadas em evidências, ajudando na criação de políticas públicas direcionadas para o bem-estar das comunidades quilombolas.

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Para o presidente da Fapeg, Marcos Arriel, as ações da fundação são reflexo do compromisso do Governo de Goiás com a justiça social e a diversidade cultural. “A Fapeg tem como missão promover a ciência e a inovação de maneira inclusiva, além de contribuir para o desenvolvimento sustentável das comunidades e o respeito à sua identidade cultural”, afirma ele. Arriel reforça a importância de iniciativas que não apenas ampliem o conhecimento científico, mas também beneficiem diretamente a população.

Legado
O Dia da Consciência Negra foi instituído em memória de Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares, e celebra a luta e a resistência do povo negro no Brasil, país que detém a maior população negra fora da África. O legado da escravidão ainda se reflete em profundas desigualdades sociais e econômicas, e o racismo persiste de forma velada em diversas esferas da sociedade.

Fotos: Alcileia Torres

Categorias: Cultura
Redação - Altair Tavares: