Coluna Alta • atualizado em 09/08/2020 às 13:08

Licença-paternidade de 60 dias oferecida por banco brasileiro

Pais e filhos brinca em parque de Brasília. Licença permite mais dedicação (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Pais e filhos brinca em parque de Brasília. Licença permite mais dedicação (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

“Não é apenas um benefício. É uma forma de reconhecimento e busca por maior equivalência de direitos. Demonstra o quanto a paternidade é importante e o quanto a parentalidade não é um assunto exclusivamente feminino”, destaca Alexandre Winandy, Diretor de Transformação Organizacional do Banco BMG, ao anunciar que a instituição passa a conceder licença-paternidade de 60 dias aos seus funcionários.

A concessão vai além dos 20 dias determinado por acordo coletivo. O anúncio do BMG pode estimular outras empresas a seguir o mesmo caminho que foi comunicado em nota enviada aos meios de informação. Veja Abaixo.

NOTA

“Este ano, o Banco BMG não irá oferecer um simples mimo aos papais que fazem parte de seu quadro de colaboradores. Seguindo sua linha de transformação, inovação e pioneirismo, a instituição financeira anuncia uma novidade inédita no mercado bancário: a partir de agora, a licença-paternidade passa a durar 60 dias.

A ideia de conceder um benefício maior aos funcionários, conta Alexandre Winandy, Diretor de Transformação Organizacional do BMG, surgiu para valorizar e reforçar o vínculo familiar deles com os seus filhos. “A exigência sindical garante 20 dias, mas acreditamos que existe um processo gigantesco de adaptação, formação de laços e divisão de tarefas, entre outros aspectos essenciais à chegada de um bebê recém-nascido”, afirma.

Esta mudança representa o pioneirismo do BMG, que conta com programa interno que objetiva construir uma cultura de diversidade, inclusão e valorização. “Não é apenas um benefício. É uma forma de reconhecimento e busca por maior equivalência de direitos. Demonstra o quanto a paternidade é importante e o quanto a parentalidade não é um assunto exclusivamente feminino”, destaca Winandy.

Segundo avalia a CEO do BMG, Ana Karina Bortoni Dias, a concessão de uma licença-paternidade maior para os papais do BMG também é uma forma de reconhecer e valorizar a luta por igualdade de gênero. “O bebê é uma responsabilidade conjunta entre pai e mãe e, com a decisão, estamos demonstrando que acreditamos que esta discussão é importante”, ressalta.

Além dos benefícios familiares, o BMG entende que a nova definição irá resultar em benefícios para a própria empresa, já que os funcionários se engajarão ainda mais nas ideias do banco. “É um ciclo muito positivo para todos”, conclui Winandy.

Atualmente, segundo a legislação brasileira, as mães têm direito a pelo menos 120 dias de licença-maternidade. Uma pesquisa realizada pela Talenses Group e pela Consultoria Filhos no Currículo destaca que a cada 10 empresas brasileiras, apenas duas oferecem licença-paternidade de 20 dias, já que a legislação exige o mínimo de 5 dias. Somente 7% concediam mais de dois meses do benefício”.


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