No sábado, quando abria o Mutirão da Prefeitura de Goiânia, Iris Rezende (PMDB) afirmou que espera bom sendo por parte dos vereadores na discussõ de matérias como o projeto de Decreto Legislativo que pretende derrubar o Decreto do Executivo que regulamentou o uso de aplicativos para chamar transporte individual. O chefe do Executivo pediu o que os vereadores não tem condições de dar. Há tendência para a derrubada deste ato do prefeito e do veto ao projeto de Lei que pretende acabar com o reajuste automático do IPTU.
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“Eu acredito muito no bom senso da Câmara Municipal, constituída de pessoas de valor, uns mais aprofundados numa área, outros com conhecimento mais amplo em outras, mas ao final prevalece o bom senso. Hoje nós não podemos desconhecer esta evolução extraordinária que o mundo vem experimentando na área da tecnologia, da comunicação”, disse o prefeito, na esperança de que os vereadores entendam e apoiem a regulamentação dos aplicativos para transporte individual.
Não adianta ao prefeito apelar para o bom sendo quando os vereadores entenderam que trata-se de um problema político que, no caso do projeto dos aplicativos, levou vários deles, inclusive o presidente Andrey Azeredo (PMDB), à indignação. As manifestações dos vereadores foi de que a Câmara Municipal de Goiânia foi atropelada e não adianta Iris apelar para a urgência.
Então, onde reside o problema: Naqueles que fazem a articulação política do prefeito Iris sob o comando dele. Assim, o próprio administrador é o condutor do problema com o argumento de que a Câmara Municipal tem muitos partidos e vereadores que ele não conhecia, portanto precisava de um tempo. Curiosamente, Iris afirmou que já tem um nome para seu líder no Legislativo, mas vai anunciá-lo só ao final do ano, ou talvez no começo do ano que vem.
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Sem articulação política, sem atenção aos vereadores, floresceu uma Câmara que insulta os vereadores e, inclusive, o prefeito. A secretária de Saúde de Goiânia, Fátima Mrué, foi classificada de “assassina” pelo vereador Clécio Alves (PMDB). Este, aliás, comporta-se como se fosse um líder da oposição. Ele, agora, tem a presidência da comissão que vai investigar a saúde municipal. A crise vai continuar.
Sem dar nenhum sinal de superação da crise na articulação política, a tendência, então é de que o prefeito e seus secretários continuarão sofrendo insultos e o crescimento da oposição – dentro da situação – levará o prefeito a gestão de Iris a sucessivas derrotas. Este é o claro panorama da condição política do prefeito na Câmara.
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