Uma mudança no senado neste momento, reascende o debate sobre a necessidade de uma reforma eleitoral. O fato é que, o senador Ciro Nogueira passa a assumir o gabinete civil do governo, ou seja, já vira ministro, leva ao fato de que Eliane Nogueira, sua mãe, passa a ser senadora.
Este tipo de situação privilegiada dá aos senadores o privilégio de ter uma chapa eleita e junto com ele mais dois suplentes, ou seja, uma única chapa. Esta situação revela o fato de que toma posse a mãe, porém, o eleitor não votou na mãe de Ciro Nogueira para representar o estado no senado. Isso mostra o modo familiocrático de como a política brasileira é tratada.
Nestes cargos, dentro destas condições de suplentes, são colocados apoiadores de campanha, financiadores de campanha, amigos, parentes (como a situação de Ciro Nogueira). Ou seja, isso mostra o quanto é necessário que seja reformulada essa representação, se um senador sai, quem deveria ali assumir o cargo, fosse um outro que recebeu voto da população, aquele mais votado para substitui-lo.
Além de Ciro Nogueira, outros três senadores também têm parentes como suplentes. Chico Rodrigues DEM-RR), conhecido por ter sido flagrado com R$ 33 mil na cueca, tem o filho Pedro Rodrigues como suplente. O senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), ex-presidente da casa tem o irmão Josiel como suplente e Eduardo Braga (MDB-AM), tem sua esposa Sandra Braga como sua substituta imediata.
Inclusive, isso impulsionaria ao fato de que, muitos senadores certamente desistiriam de sair de seus mandatos, porque pode ser até que algum desafeto viesse assumir a vaga no senado. Mas isso também é assim na Câmara dos Deputados, na Assembleia Legislativa, ou seja, se sai um para um exercício de um cargo ou uma licença, assume o suplente que recebeu votos. Esta é uma excrescência da nossa política, e isso tem que mudar.
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O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) tem um projeto em que veda a presença de parentes como suplentes de senadores. Mas por enquanto, a proposta do parlamentar da Rede ainda tramita na Casa.
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