A prefeitura de Goiânia é uma vítima do processo que paralisou as obras do BRT Norte Sul, segundo o prefeito de Goiânia, Iris Rezende. Em entrevista neste sábado, 16, a administrador reclamou, mais uma vez, das exigências que levaram à paralisação da obra. “Por que não observaram essas irregularidades por ocasião da licitação? Por que não viram isso naquela época?”, questionou o prefeito, ao citar o questionamento dos valores de alguns ítens do contrato que estariam superfaturados.
ENTREVISTA – IRIS REZENDE – PREFEITO DE GOIÂNIA
– As obras do BRT que estão paralisadas, há alguma previsão de reinício?
– Nós recebemos a obra paralisada por mais de três meses por falta de contrapartida por parte daPrefeitura. Nós fizemos um esforço extraordinário e conseguimos pagar a contrapartida de R$ 6 milhões, com recursos da Prefeitura. Tão logo reiniciou-se a obra, arranjaram um defeito no projeto de licitação. Bem, nós estamos buscando a compreensão de todos os poderes envolvidos para solucionar aquele problema. A Prefeitura têm se colocado, e com razão, como vítima desse processo. Por que não observaram essas irregularidades por ocasião da licitação? Por que não viram isso naquela época? Depois da prefeitura fazer todo esse sacrifício para regularizar, entendem que a coisa não está certa? Mas vamos resolver. Sou homem de decisão. Não vou ficar assistindo esse espetáculo danoso à população. Vamos resolver. De uma maneira ou de outra a obra será concluída.
O grande entrave é a empresa ou a Caixa Econômica?
A Caixa Econômica, o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Controladoria Geral da União (CGU) euma série de questões que não observaram naquela época, na administração passada. E agora vão levantar essas questões depois de um contrato assinado? Mas, nós vamos tomar providências. Nem que se faça uma nova licitação, mas vamos providenciar.